05/11/2020 às 10h37min - Atualizada em 05/11/2020 às 10h37min

MPE investiga grupo suspeito de divulgar pesquisas eleitorais fraudulentas

Instituto teria fraudado pesquisas de intenções de votos em 191 municípios goianos. Responsável pelo instituto é alvo de processos em SP

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Busca e apreensão em imóvel vinculado a instituto suspeito de produzir pesquisas eleitorais fraudulentas (Foto: divulgação/MP)

Ministério Público Eleitoral desencadeou na manhã desta quinta-feira (5), operação para desarticular grupo suspeito de produzir e divulgar pesquisas eleitorais fraudulentas em todo o estado de Goiás. As investigações mostram que a empresa IPOP-Cidades & Negócios produziu e divulgou 349 pesquisas suspeitas em 191 dos 246 municípios goianos desde fevereiro deste ano.

As investigações mostram que o grupo produzia pesquisas que não refletem as intenções de voto dos eleitores. Para isso, o instituto de pesquisa, segundo o MP, desobedecia requisitos exigidos na legislação eleitoral, em bairros inexistentes e com oferta criminosa de manipulação de dados em favor de candidatos.

Os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na sede da empresa e nas residências do proprietário Márcio Rogério Pereira Gomes, e da estatística Karen Cristina Alves Pessoa, em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Eles são suspeitos de crime de pesquisa eleitoral fraudulenta, com pena de 6 meses a um ano, além de serem responsabilizados pela fraude eleitoral.

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Segundo levantamento do Ministério Público, Márcio Rogério teria atuado de forma parecida nas eleições de 2016 em centenas de municípios de São Paulo. Ele responde a dezenas de processos cíveis e criminais na Justiça Eleitoral paulista. Com a descoberta da atuação naquele estado, migrou para Goiás neste ano e criou a empresa IPOP.

As investigações terão prosseguimento para identificar e responsabilizar outros envolvidos nas supostas fraudes.

A operação, denominada de Leão de Neméia, é coordenada pelos promotores de Alvorada do Norte Eusélio Tonhá dos Santos e Douglas Chegury, e conduzida também pelos promotores eleitorais Asdear Salinas (Iaciara), Guilherme Vicente de Oliveira (Pontalina) e Lucas César Costa Ferreira (Silvânia), e conta com o apoio do Centro de Inteligência do MPGO e da Polícia Civil.


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