São Paulo – O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), criticou nesta quinta-feira (19/11) a proposta de seu adversário nas eleições, Guilherme Boulos (PSol), para diminuir o rombo da previdência municipal. Em sabatina realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo, na quarta-feira (18/11), o psolista sugeriu a realização de concursos públicos para elevar a arrecadação e equilibrar as contas da Previdência.
“O radicalismo ideológico sabe criticar, mas não sabe fazer conta. Não faz sentido para você cobrir um custo anual de R$ 5,5 bilhões, você ter um custo extra de R$ 70 bilhões para contratar as pessoas e reter parte desse valor e poder cobrir o rombo de R$ 5,5 bilhões. Não faz sentido algum, é como ter que gastar mais no cartão de crédito para ter mais milha para viajar”, comparou Covas.
“Não tem sentido esse tipo de ação para poder socorrer a previdência municipal”, afirmou a jornalistas, em agenda de campanha pela manhã. Segundo Covas, o gasto anual com a previdência é de 8,5 bilhões, com um rombo de R$ 5,5 bilhões.
Após repercussão negativa, Boulos publicou um vídeo em que afirma que a sua declaração na sabatina foi tirada do contexto.
“No final da entrevista, um trecho sobre esse tema foi retirado de contexto e passou a ser divulgado nas redes sociais. Neste trecho, eu argumento que usar o déficit da Previdência municipal como justificativa para não fazer concursos não faz sentido do ponto de vista contábil, já que os servidores contratados passariam a contribuir também para o fundo de previdência, realidade que, em São Paulo, foi modificada pelo SampaPrev de Doria e Bruno Covas”, diz o candidato no vídeo.
Boulos ressalta ainda que não defende que a forma de equilibrar a Previdência seja através de novas contratações. “A maneira como eu me expressei, e tirada do contexto da pergunta, pode ter levado a crer nisso, que não é a minha posição”, afirma.