15/10/2016 às 14h42min - Atualizada em 15/10/2016 às 14h42min

FFDF e ex-presidente são condenados a devolver mais de 3 milhões ao GDF

Jânio Gomes 14/10/2016
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A Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), solidariamente, e Weber de Azevedo Magalhães, ex-presidente daquela entidade, foram condenados em decisão proferida em 25 de agosto pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) a devolver a importância de R$ 3.034,772,00 à Secretaria de Fazenda do Distrito Federal. Os condenados foram responsabilizados por possíveis prejuízos causados ao Erário, decorrentes de repasses de recursos públicos à Federação por intermédio do Convênio nº 01/2002, firmado em 2002 entre o GDF e a entidade que rege o futebol brasiliense.

Na ocasião, a Federação local recebeu do Governo de Brasília, por meio de convênio, a importância de R$ 1.200,000,00. O valor foi rateado entre os clubes participantes do Candangão à época. Todavia, segundo a decisão do TCDF, a aplicação dos recursos repassados à FFDF não foi regularmente comprovada nos autos. O valor corrigido ultrapassa a soma dos três milhões de reais. Ainda de acordo com a decisão, os condenados têm 30 dias, contados a partir da data da notificação, para recolher o valor devido aos cofres do GDF.

Em contato por telefone com a nossa reportagem, o atual presidente da Federação, Erivaldo Alves, lamentou a decisão e adiantou que vai recorrer da decisão por entender que são as pessoas responsáveis que devem responder pelos seus atos enquanto estiveram à frente da Federação, e não a entidade.

Por sua vez, Weber Magalhães, também por telefone, informou que vai recorrer da decisão. Segundo o ex-mandatário da FFDF, o valor foi recebido pela Federação à época e, posteriormente, dividido entre os 12 clubes participantes do Candangão, e que a FFDF encaminhou a prestação das contas dos clubes ao GDF. Weber alega que os recursos foram repassados à entidade exatamente porque alguns clubes não tinham certidões que os habilitassem a receber verbas publicas naquela ocasião. Por fim, Weber Magalhães disse que está tranquilo em relação ao caso e que vai se defender e comprovar sua inocência.

Importante ressaltar que Weber Magalhães licenciou-se da presidência da FFDF em 2002 para assumir a Secretária de Esportes do DF. Sua defesa como Secretário, inclusive, foi acatada pelo TCDF. Todavia, ele não objete o mesmo sucesso em sua sustentação enquanto presidente da Federação, razão pela qual acabou condenado.

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Nossa opinião
Trata-se de mais uma fatia da herança maldita deixada pelas gestões anteriores da FFDF. Aproveito até para reproduzir aqui uma frase dita outrora pelo presidente Erivaldo Alves: “de cada gaveta aberta nas dependências da Federação cai um esqueleto”. A impressão que se tem é exatamente essa. Não bastassem o caminhão de dívidas, o misterioso destino da milionária renda do jogo Flamengo e Santos (2013) – que até hoje não foi explicado -, além de tantas outras irregularidades encontradas, agora aparece essa condenação referente a um processo iniciado há 14 anos. De fato o atual presidente vai precisar de alguns milagres para retirar a FFDF dessa pindaíba. Concordo com o Erivaldo quando ele diz que quem tem de ser responsabilizadas são as pessoas que eventualmente não tenham agido conforme reza a legislação. Ao punir a Federação, convenhamos, o TCDF também estará punindo o futebol local e todos os demais envolvidos direta ou indiretamente com ele. Que a questão seja minuciosamente apurada e, se for comprovada alguma irregularidade, que os envolvidos sejam punidos exemplarmente. Da mesma forma, que os acusados possam fazer bom uso da oportunidade que terão para se defender e comprovar que são inocentes. Simples assim.


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