O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu-se nesta quinta-feira, 13, das acusações feitas pelos ex-executivos do grupo Odebrecht em delação e reafirmou sua candidatura à Presidência da República em 2018. "Não sei o que vai acontecer comigo, mas estou na disputa e vou provar que este País pode voltar a ser feliz", disse o petista à Rádio Metrópole de Salvador.
A entrevista foi divulgada nas páginas do petista nas redes sociais. "Podem ficar certos que eu vou brigar pra voltar, para fazer muito mais, porque já fiz este País ser quase a quinta economia do mundo."
Indagado como recebeu as delações da Odebrecht, cujos vídeos e transcrições foram divulgados nesta quarta-feira, 12, após o levantamento do sigilo pelo ministro Edson Fachin, Lula disse que há dois anos não consegue passar um dia sem ver "uma denúncia, uma leviandade, uma mentira" envolvendo o seu nome.
O ex-presidente disse, porém, estar tranquilo com a situação e afirmou que terá a oportunidade para esclarecer todos os fatos, no dia 3 de maio, no depoimento que prestará ao juiz federal responsável pela Operação Lava Jato, Sérgio Moro.
O petista classificou de "absurdas" e "inverossímeis" as acusações feitas pelos delatores da Odebrecht. "Desafio qualquer empresário a dizer que Lula pediu R$ 10. Não posso perder a cabeça com uma coisa dessas, estou tranquilo, vou me preparar para o meu depoimento (no dia 3)."
Ele afirmou que, mais grave do que uma eventual prisão, foi "o golpe" que levou ao poder "alguém (Michel Temer)" que vem desmontando conquistas históricas da classe trabalhadora.
Lula afirmou, na entrevista, que a tentativa de tirá-lo da disputa presidencial está por trás das denúncias. "Pode me bater. Quem nasceu em Garanhuns, como eu nasci, e não morreu de fome, não tem medo de nenhuma adversidade. Enfrentarei cada uma delas de cabeça erguida. E meu maior legado é a minha honra, isso ninguém me tira."
Defesa. Na entrevista, Lula rebateu as informações do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, que em delação afirmou que Frei Chico, seu irmão, recebia uma mesada por mês da empreiteira, a pedido do petista.
"Eu nunca dei um real para meu irmão Frei Chico. Ele é mais velho do que eu, ele que me colocou na política. E agora inventam que a Odebrecht dava R$ 5 mil pra ele por mês? Ora, isso é problema deles. Acusam uma reforma em um sítio que não é meu. O mesmo com o apartamento do Guarujá, que não é meu. Mas a Globo passou três anos dizendo que era meu. Como que agora vai mudar?"
Para o ex-presidente da República, apesar de a classe política estar no foco das delações dos ex-executivos da Odebrecht, não há caminho fora da política.
"Fora da política é o fascismo. É preciso melhorar a classe política. Em 2018, isso pode mudar, mas não pode eleger um Congresso como esse."
Na entrevista, Lula admitiu que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu erros em sua gestão, mas destacou que ela os admitiu.
Críticas. Sem citar o nome de Moro, Lula disse que não está correto paralisar o País por conta de uma investigação. "Estamos sendo governados lá de Curitiba, não tem sentido isso."
O petista se disse favorável às investigações, mas afirmou não concordar com os vazamentos "feitos de dentro" da sala do juiz, referindo-se ao depoimento de Marcelo Odebrecht.
"Não dá para um procurador passar uma hora e meia dando uma entrevista coletiva acusando o PT de organização criminosa sem nenhuma prova. Mas vou enfrentar tudo isso. Na hora que julgarem algum crime meu, quero ser julgado. E se não encontrarem, que peçam desculpas." E emendou: "Não podemos ficar subordinados a uma ditadura de um pequeno grupo do Poder Judiciário. Não é possível".
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu-se nesta quinta-feira, 13, das acusações feitas pelos ex-executivos do grupo Odebrecht em delação e reafirmou sua candidatura à Presidência da República em 2018. "Não sei o que vai acontecer comigo, mas estou na disputa e vou provar que este País pode voltar a ser feliz", disse o petista à Rádio Metrópole de Salvador.
A entrevista foi divulgada nas páginas do petista nas redes sociais. "Podem ficar certos que eu vou brigar pra voltar, para fazer muito mais, porque já fiz este País ser quase a quinta economia do mundo."
Indagado como recebeu as delações da Odebrecht, cujos vídeos e transcrições foram divulgados nesta quarta-feira, 12, após o levantamento do sigilo pelo ministro Edson Fachin, Lula disse que há dois anos não consegue passar um dia sem ver "uma denúncia, uma leviandade, uma mentira" envolvendo o seu nome.
O ex-presidente disse, porém, estar tranquilo com a situação e afirmou que terá a oportunidade para esclarecer todos os fatos, no dia 3 de maio, no depoimento que prestará ao juiz federal responsável pela Operação Lava Jato, Sérgio Moro.
O petista classificou de "absurdas" e "inverossímeis" as acusações feitas pelos delatores da Odebrecht. "Desafio qualquer empresário a dizer que Lula pediu R$ 10. Não posso perder a cabeça com uma coisa dessas, estou tranquilo, vou me preparar para o meu depoimento (no dia 3)."
Ele afirmou que, mais grave do que uma eventual prisão, foi "o golpe" que levou ao poder "alguém (Michel Temer)" que vem desmontando conquistas históricas da classe trabalhadora.
Lula afirmou, na entrevista, que a tentativa de tirá-lo da disputa presidencial está por trás das denúncias. "Pode me bater. Quem nasceu em Garanhuns, como eu nasci, e não morreu de fome, não tem medo de nenhuma adversidade. Enfrentarei cada uma delas de cabeça erguida. E meu maior legado é a minha honra, isso ninguém me tira."
Defesa. Na entrevista, Lula rebateu as informações do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, que em delação afirmou que Frei Chico, seu irmão, recebia uma mesada por mês da empreiteira, a pedido do petista.
"Eu nunca dei um real para meu irmão Frei Chico. Ele é mais velho do que eu, ele que me colocou na política. E agora inventam que a Odebrecht dava R$ 5 mil pra ele por mês? Ora, isso é problema deles. Acusam uma reforma em um sítio que não é meu. O mesmo com o apartamento do Guarujá, que não é meu. Mas a Globo passou três anos dizendo que era meu. Como que agora vai mudar?"
Para o ex-presidente da República, apesar de a classe política estar no foco das delações dos ex-executivos da Odebrecht, não há caminho fora da política.
"Fora da política é o fascismo. É preciso melhorar a classe política. Em 2018, isso pode mudar, mas não pode eleger um Congresso como esse."
Na entrevista, Lula admitiu que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu erros em sua gestão, mas destacou que ela os admitiu.
Críticas. Sem citar o nome de Moro, Lula disse que não está correto paralisar o País por conta de uma investigação. "Estamos sendo governados lá de Curitiba, não tem sentido isso."
O petista se disse favorável às investigações, mas afirmou não concordar com os vazamentos "feitos de dentro" da sala do juiz, referindo-se ao depoimento de Marcelo Odebrecht.
"Não dá para um procurador passar uma hora e meia dando uma entrevista coletiva acusando o PT de organização criminosa sem nenhuma prova. Mas vou enfrentar tudo isso. Na hora que julgarem algum crime meu, quero ser julgado. E se não encontrarem, que peçam desculpas." E emendou: "Não podemos ficar subordinados a uma ditadura de um pequeno grupo do Poder Judiciário. Não é possível".