“Eu acho que, diplomaticamente, está errado isso aí. É a segunda vez que o embaixador chinês reage dessa forma. Dentro das convenções da diplomacia, o camarada se sentindo incomodado com qualquer coisa que tenha ocorrido no país, ou ele escreve uma carta para o ministro de Relações Exteriores, ou ele vai ao Itamaraty e apresenta suas ponderações. E não via rede social, porque aí vira um carnaval esse negócio", apontou.
No início da semana, o filho "03" do presidente Jair Bolsonaro, detonou uma crise com o gigante asiático e principal parceiro comercial do país ao acusá-lo de espionagem via 5G. A embaixada chinesa publicou uma dura nota criticando o parlamentar e dizendo que as personalidades brasileiras devem "deixar de seguir a retórica da extrema direita norte-americana, cessar as desinformações e calúnias sobre a China e evitar ir longe demais no caminho equivocado".
Perguntado por jornalistas se Eduardo teria recebido alguma orientação para "amenizar" as críticas, Mourão disse achar que o deputado recebeu "alguma recomendação" nesse sentido, pois no mesmo dia apagou a publicação.
"Quando o deputado postou e depois apagou, acho que ele deve ter recebido alguma recomendação para tirar aquilo", emendou.
Ainda ontem, o general minimizou a crise e disse que a parceria entre Brasil e China oferece “bases sólidas para expandir e diversificar” as relações econômicas entre os dois países.