O carioca Márcio Rogério é lutador e professor de MMA. Durante dois anos, o suspeito passou por países como Paraguai e Uruguai. Neste mês, Titi resolveu retornar ao Brasil, e escolheu o Rio de Janeiro, sua cidade de origem. Lá, ele se associou com traficantes do bairro Guaratiba, Zona Oeste do Rio.
Titi foi preso na sexta-feira (27/11), e recambiado ao Distrito Federal, onde há mandados de prisão preventiva em aberto pelos crimes de cárcere privado, tortura, estupro, homicídio, ocultação de cadáver, roubo, extorsão mediante sequestro, corrupção de menores e associação criminosa. Veja abaixo o vídeo do acusado sendo preso por agentes.
Investigadores da 16ª DP chegaram ao esquema criminoso comandado por Márcio pelo corpo de Elton Antunes, em 21 de maio de 2018. Eles agiam e aterrorizavam moradores de Planaltina há, pelo menos, um ano e meio.
Elton foi torturado e morto por uma dívida de drogas de R$ 480 e uma bicicleta. Ele foi jogado em uma cisterna construída pelos bandidos para as aterrorizar os devedores. Ali, levou socos, chutes e pontapés, além de golpes com barra de ferro no rosto. Depois, teve uma corda amarrada ao pescoço.
A vítima foi levada ao barraco na invasão do bairro Nossa Senhora de Fátima com mais dois amigos, mantidos em cárcere. Um deles, um homem, também sofreu violência e viu Careca ser agredido brutalmente. Depois de os criminosos matarem Careca, obrigaram a segunda a vítima a ocultar o corpo. Ele precisou carregar e enterrar o cadáver em área próxima à casa.
Dois dias após o homicídio de Elton, os dois amigos dele foram liberados pela quadrilha. Com a identificação desse caso, os policiais conseguiram chegar a mais duas vítimas do bando. Em um desses casos, o usuário devia R$ 750 para os traficantes. Antes de levá-lo para a sessão de tortura, os criminosos saquearam o barraco da vítima, levando um colchão, ferramentas, um celular, um carro que seria do amigo do homem e roupas.
Dois dos integrantes da quadrilha foram detidos em 21 de maio. Outros três dos envolvidos com o esquema criminoso foram presos em junho de 2018: Jheferson Leal, Raniel Rodrigues dos Santos Silva e Marcos Pedro Martins da Silva. Ao prestarem depoimento, confessaram os crimes e não demonstraram arrependimento, afirmou o delegado Edson Medina, à época, chefe da 16ª DP.