Por favor, veja a bronca de Sérgio Bruno. Foi quase um desabafo.
"São 300 milhões que foram gastos sei lá com o que, seja com campanha, com santinho, com tempo de televisão, com marqueteiro, que podia ter sido construído escola, hospital e todo esse Brasil que o senhor sonha e quer viver. Esse dinheiro poderia estar lá. Então vamos agora deixar de historinha, de conto de fada, e falar as coisas como elas são. Está na hora da gente dizer a verdade, de como a coisa suja é feita. Não é possível um ministro da fazenda fique pedindo todo mês a um empresário. Isso não é admissível. Por mais que a gente esteja acostumado com isso, isso não é o correto e o senhor sabe disso."
O promotor continuou:
"Servidor público não pode pedir nada pra ninguém. Essa história de doação de campanha é uma desculpa para pedir propina em corrupção. Se um candidato quer pedir uma contribuição, ele tem que pedir, a empresa vai lá no TSE e registra. Pior ainda é quando é caixa dois ao longo de seis anos. Não tem campanha todo mês, todo ano. Isso é uma desculpa usada no dia a dia, mas agora é hora de jogar limpo. Não é possível que 300 milhões de reais pagos ao longo de 6 anos seja doação de campanha. Isso aqui, na nossa visão, é considerada propina, crime de corrupção. Quem fez doação de campanha não precisa estar sentado aqui como colaborador. Quem fez doação de campanha esta acobertado pela lei eleitoral. Qualquer servidor público que receba um real fora da lei é crime de corrupção."
Mais:
"Essa ajuda se chama propina, para o senhor saber. Se um guarda de trânsito parar o carro do senhor e pedir ajuda, o senhor vai achar que isso é ajuda? Ou vai achar que isso é uma propina? É correto isso?"
O Globo diz que esse trecho da delação virou quase uma "conversa repleta de clichês em prol da mudança no comportamento do brasileiro". Sérgio Bruno emendou:
"Esse é o ponto. Se se consegue mobilizar ministro da Fazenda, presidente da República e uma penca de deputados pra aprovar uma Medida Provisória como é feito, porque não fazer essa mesma coisa pra fazer coisas legítimas, que interessam para o país?"
No fim, o promotor desabafou sobre o projeto das Dez Medidas:
"As dez medidas contra a corrupção é uma coisa que não cabe ao Ministério Público fazer, mas provocamos a sociedade pra fazer isso. Nós conseguimos chegar onde chegou, passar por comissões. Mas infelizmente aconteceu o que o senhor viu, deturparam toda a proposta, não é mais contra a corrupção, fizeram isso quando o país estava de luto por conta de um acidente aéreo. Daí você vê o nível de imoralidade que o nosso país vive, se valer de um acidente que comoveu o mundo para fazer isso sorrateiramente. A doença é mais grave do que a gente imagina."
Por favor, veja a bronca de Sérgio Bruno. Foi quase um desabafo.
"São 300 milhões que foram gastos sei lá com o que, seja com campanha, com santinho, com tempo de televisão, com marqueteiro, que podia ter sido construído escola, hospital e todo esse Brasil que o senhor sonha e quer viver. Esse dinheiro poderia estar lá. Então vamos agora deixar de historinha, de conto de fada, e falar as coisas como elas são. Está na hora da gente dizer a verdade, de como a coisa suja é feita. Não é possível um ministro da fazenda fique pedindo todo mês a um empresário. Isso não é admissível. Por mais que a gente esteja acostumado com isso, isso não é o correto e o senhor sabe disso."
O promotor continuou:
"Servidor público não pode pedir nada pra ninguém. Essa história de doação de campanha é uma desculpa para pedir propina em corrupção. Se um candidato quer pedir uma contribuição, ele tem que pedir, a empresa vai lá no TSE e registra. Pior ainda é quando é caixa dois ao longo de seis anos. Não tem campanha todo mês, todo ano. Isso é uma desculpa usada no dia a dia, mas agora é hora de jogar limpo. Não é possível que 300 milhões de reais pagos ao longo de 6 anos seja doação de campanha. Isso aqui, na nossa visão, é considerada propina, crime de corrupção. Quem fez doação de campanha não precisa estar sentado aqui como colaborador. Quem fez doação de campanha esta acobertado pela lei eleitoral. Qualquer servidor público que receba um real fora da lei é crime de corrupção."
Mais:
"Essa ajuda se chama propina, para o senhor saber. Se um guarda de trânsito parar o carro do senhor e pedir ajuda, o senhor vai achar que isso é ajuda? Ou vai achar que isso é uma propina? É correto isso?"
O Globo diz que esse trecho da delação virou quase uma "conversa repleta de clichês em prol da mudança no comportamento do brasileiro". Sérgio Bruno emendou:
"Esse é o ponto. Se se consegue mobilizar ministro da Fazenda, presidente da República e uma penca de deputados pra aprovar uma Medida Provisória como é feito, porque não fazer essa mesma coisa pra fazer coisas legítimas, que interessam para o país?"
No fim, o promotor desabafou sobre o projeto das Dez Medidas:
"As dez medidas contra a corrupção é uma coisa que não cabe ao Ministério Público fazer, mas provocamos a sociedade pra fazer isso. Nós conseguimos chegar onde chegou, passar por comissões. Mas infelizmente aconteceu o que o senhor viu, deturparam toda a proposta, não é mais contra a corrupção, fizeram isso quando o país estava de luto por conta de um acidente aéreo. Daí você vê o nível de imoralidade que o nosso país vive, se valer de um acidente que comoveu o mundo para fazer isso sorrateiramente. A doença é mais grave do que a gente imagina."