15/04/2017 às 15h55min - Atualizada em 15/04/2017 às 15h55min

Candidatos que sonham com o Buriti, terão a Papuda como realidade

Já era esperado. As delações da empreiteira Odebrecht tornaram público o que muitos já sabiam. Nos últimos anos, as principais obras realizadas no Distrito Federal foram manchadas pela corrupção.

Por Ricardo Callado
 
 

Muitos políticos fizeram fortunas com dinheiro público. Alguns, somam processos, outros, baixa polaridade. E tem aqueles que ainda estão atuantes na cena política. A Operação Lava Jato deve cuidar disso. Colocar cada um no seu devido lugar: fora da vida pública.

 

O retorno ou chegada ao Palácio do Buriti para muitos era um sonho alcançável. No momento, o Complexo da Papuda é a realidade próxima.

 

A Justiça do Distrito Federal vai analisar nas próximas semanas o que fazer com o conteúdo das delações. O ministro Edson Fachin já liberou o material.

 

Os políticos brasilienses citados podem ter que responder inquérito por crimes como corrupção ativa e passiva, contra a ordem financeira e enriquecimento ilícito, entre outros. E podem também ter seus processos arquivos, caso a justiça considere que não existe culpabilidade. Essa é uma hipótese improvável.

 

No rol dos citados estão os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), o ex-vice-governador e assessor especial do presidente Michel Temer, Tadeu Filippelli (PMDB) e ex-deputado federal e candidato ao GDF em 2002, Geraldo Magela (PT).

 

São citados ainda o ex-senador Gim Argello (já preso) e o deputado distrital Robério Negreiros (PSDB). Gim por sua atuação principalmente na aprovação de MPs de interesse da Odebrecht e Robério por ter recebido contribuição financeira da Odebrecht para sua campanha.

 

As obras citados até agora nas denúncias são o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad) e o condomínio Jardins Mangueiral. Todas elas teriam gerado propina para os bolsos dos citados.

 

Cada um dos envolvidos tem uma realidade diferente hoje. E um plano para 2018.

 

Arruda ainda tenta se livrar da Operação Caixa de Pandora. Estava perto de se tornar elegível novamente. Pretendia ser protagonista nas eleições do próximo ano. Sendo ele ou não o candidato.

 

A Lava Jato deve tirar Arruda da disputa e deixa-lo afastado de vez da vida pública, sem chances de retorno.

 

Agnelo pensava até em ser candidato a deputado, mesmo com a baixa popularidade e com chances mínimas de uma vitória, até para distrital. Seu governo foi desastroso. Estava sendo esquecido aos poucos devido a baixa popularidade do atual governo. A Lava Jato o colocou novamente no noticiário. Antes por incompetência, agora por corrupção.

 

Filippelli é hoje o principal candidato da oposição ao Palácio do Buriti. Vem articulando há mais de um ano para isso. Usa o Palácio do Planalto, onde está instalado, como bunker para organizar a sua campanha. Entre uma promessa e outra, vai deixando o tempo passar para, na hora certa, viabilizar a sua candidatura. É o político com maior expectativa de poder, mas cansando seus potenciais aliados, vai deixando escapar seu projeto.

 

Para piorar, a delação da Odebrecht vai atrapalhar os planos de Filippelli. O Mané Garrincha e o Centrad serão um capítulo a parte na sua vida política. Mesmo com muito esforço, sua imagem não será apagada do governo Agnelo, onde foi vice-governador.

 

Magela está sem mandato depois que perdeu a eleição ao Senado em 2014. Pretende tentar um retorno a vida pública com um mandato parlamentar ou até o próprio Buriti. Vai passar os próximos meses dando explicações a Justiça.

 

É bom avisar para os que estão comemorando não estarem na lista de Fachin que novas delações ainda estão para serem conhecidas. E que podem aumentar o estrago na política brasiliense.

 

É grande a possibilidade de prisão rápida de alguns dos citados nas delações da Odebrecht. São todos políticos sem foro privilegiado, o que deixa a Papuda ainda mais perto.

 

 

Muitos políticos fizeram fortunas com dinheiro público. Alguns, somam processos, outros, baixa polaridade. E tem aqueles que ainda estão atuantes na cena política. A Operação Lava Jato deve cuidar disso. Colocar cada um no seu devido lugar: fora da vida pública.

 

O retorno ou chegada ao Palácio do Buriti para muitos era um sonho alcançável. No momento, o Complexo da Papuda é a realidade próxima.

 

A Justiça do Distrito Federal vai analisar nas próximas semanas o que fazer com o conteúdo das delações. O ministro Edson Fachin já liberou o material.

 

Os políticos brasilienses citados podem ter que responder inquérito por crimes como corrupção ativa e passiva, contra a ordem financeira e enriquecimento ilícito, entre outros. E podem também ter seus processos arquivos, caso a justiça considere que não existe culpabilidade. Essa é uma hipótese improvável.

 

No rol dos citados estão os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), o ex-vice-governador e assessor especial do presidente Michel Temer, Tadeu Filippelli (PMDB) e ex-deputado federal e candidato ao GDF em 2002, Geraldo Magela (PT).

 

São citados ainda o ex-senador Gim Argello (já preso) e o deputado distrital Robério Negreiros (PSDB). Gim por sua atuação principalmente na aprovação de MPs de interesse da Odebrecht e Robério por ter recebido contribuição financeira da Odebrecht para sua campanha.

 

As obras citados até agora nas denúncias são o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad) e o condomínio Jardins Mangueiral. Todas elas teriam gerado propina para os bolsos dos citados.

 

Cada um dos envolvidos tem uma realidade diferente hoje. E um plano para 2018.

 

Arruda ainda tenta se livrar da Operação Caixa de Pandora. Estava perto de se tornar elegível novamente. Pretendia ser protagonista nas eleições do próximo ano. Sendo ele ou não o candidato.

 

A Lava Jato deve tirar Arruda da disputa e deixa-lo afastado de vez da vida pública, sem chances de retorno.

 

Agnelo pensava até em ser candidato a deputado, mesmo com a baixa popularidade e com chances mínimas de uma vitória, até para distrital. Seu governo foi desastroso. Estava sendo esquecido aos poucos devido a baixa popularidade do atual governo. A Lava Jato o colocou novamente no noticiário. Antes por incompetência, agora por corrupção.

 

Filippelli é hoje o principal candidato da oposição ao Palácio do Buriti. Vem articulando há mais de um ano para isso. Usa o Palácio do Planalto, onde está instalado, como bunker para organizar a sua campanha. Entre uma promessa e outra, vai deixando o tempo passar para, na hora certa, viabilizar a sua candidatura. É o político com maior expectativa de poder, mas cansando seus potenciais aliados, vai deixando escapar seu projeto.

 

Para piorar, a delação da Odebrecht vai atrapalhar os planos de Filippelli. O Mané Garrincha e o Centrad serão um capítulo a parte na sua vida política. Mesmo com muito esforço, sua imagem não será apagada do governo Agnelo, onde foi vice-governador.

 

Magela está sem mandato depois que perdeu a eleição ao Senado em 2014. Pretende tentar um retorno a vida pública com um mandato parlamentar ou até o próprio Buriti. Vai passar os próximos meses dando explicações a Justiça.

 

É bom avisar para os que estão comemorando não estarem na lista de Fachin que novas delações ainda estão para serem conhecidas. E que podem aumentar o estrago na política brasiliense.

 

É grande a possibilidade de prisão rápida de alguns dos citados nas delações da Odebrecht. São todos políticos sem foro privilegiado, o que deixa a Papuda ainda mais perto.


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