O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSB), e o YouTuber Carlinhos Maia, 29, serão intimados na próxima semana para se explicarem ao Ministério Público Estadual de Alagoas, sobre o suposto convite feito ao influenciador digital para ser um dos primeiros moradores de Alagoas a receber as doses de CoronaVac, imunizante contra o novo coronavírus, causador da Covid-19.
Na terça-feira, o Metrópoles noticiou que o MP-AL iria investigar o convite para garantir a lisura na campanha de vacinação. Nesta quinta-feira (21/01), o Diário Oficial do Estado publicou o Procedimento Preparatório, instaurado pela 67ª Promotoria de Justiça da Saúde sobre o caso.
Após a instauração do PP, as partes envolvidas serão intimidadas, o que deve ocorrer na próxima semana.
Na segunda-feira (18/01), Carlinhos Maia disse ter recebido para ser um dos primeiros alagoanos a receber a vacina contra a Covid-19. Ele teria negado, “por não achar justo com quem ficou em casa esse tempo todo”. A afirmação, no entanto, gerou indignação dos internautas e o governo alagoano logo se pronunciou, desmentindo-a.
“A Secretaria de Estado da Comunicação informa que as 71 mil doses de vacina que começam a ser aplicadas nesta terça-feira (19/01) serão destinadas exclusivamente ao grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde“, afirmou a autarquia em nota. “Não procedem informações de convites feitos a qualquer cidadão fora deste grupo”, completou o texto.
Em sua defesa, Carlinhos alegou que a oferta do imunizante não foi feita pelo governo alagoano, mas por outro “órgão”. “Em qual momento citei que foi o governador que me chamou? A ideia partiu de outro órgão, na intenção de influenciar as pessoas que não querem tomar vacina, se inspirando na Indonésia que teve ideia parecida”, justificou.
Ele chegou a publicar que o convite partiu do prefeito, mas apagou o conteúdo logo em seguida.