31/01/2021 às 08h01min - Atualizada em 31/01/2021 às 08h01min

DF está entre as 2 unidades da Federação que mais vacinam contra a Covid-19

A capital do país vacinou 1,45% dos moradores e, por isso, ocupa o 2º lugar no ranking de imunização proporcional à população

O Distrito Federal ocupa a segunda posição no ranking das unidades da Federação que mais vacinam contra a Covid-19, em relação ao número da população. Com aproximadamente 3 milhões de pessoas, o DF imunizou 1,45% dos moradores.

O levantamento é do portal Covid-19 no Brasil, mantido por voluntários a partir de informações oficiais. No total, 44.315 brasilienses receberam o antídoto contra o novo coronavírus. O dado foi consultado na noite desse sábado (30/1) e pode ter sido atualizado desde então.

Confira o ranking de vacinação:

O DF está atrás apenas do Mato Grosso do Sul, que aplicou doses da vacina em 1,57% dos moradores.
 

Características

O secretário adjunto de Assistência à Saúde, da Secretaria de Saúde do DF, Petrus Sanchez, disse à coluna Grande Angular que a experiência da pasta em outras campanhas de vacinação e o planejamento das unidades básicas de saúde antes do início da imunização contra a Covid-19 exercem influência no bom desempenho do DF comparado às outras unidades da Federação.

“Tivemos treinamento muito eficiente dos profissionais. Não adianta ter as salas de vacinação se os servidores não estão preparados para esse novo modelo de preenchimento de papéis e também na questão de como essa vacina pode e deve ser aplicada. Todo esse treinamento, por mais simples que seja, nos traz facilidade para articular melhor o fluxo da entrada de pacientes”, pontuou.

Sanchez destacou que outro ponto positivo é o fato de o Distrito Federal ter vantagem de distribuição e armazenamento regionais mais rápidos em razão das características territoriais.

Cautela

Professor da Universidade de Brasília (UnB) e integrante de um grupo interdisciplinar com pesquisadores de diferentes instituições de ensino brasileiras que estuda o avanço da Covid-19, Tarcísio Marciano da Rocha Filho disse que o início da vacinação é bom, mas ainda estamos longe do nível ideal.

O fim da crise sanitária só ocorrerá quando todo mundo estiver imunizado, reforçou o estudioso. “Ao que tudo indica, este ano inteiro a gente ainda vai lidar com a pandemia em patamares elevados. A tendência agora é de piora em todos os locais do país. A preocupação é: se piorar sem tomar medidas de controle duras, como lockdown, a gente vai chegar a situação muito pior do que foi na 1ª onda”, alertou.

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Como tem sido

O Distrito Federal segue o Plano Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, e não pretende comprar vacinas por iniciativa própria.

“O PNI do Ministério da Saúde é muito reconhecido e inclui todos os pilares do Sistema Único de Saúde, principalmente a equidade. O SUS é universal, e teremos o melhor atendimento à população por meio do PNI”, salientou o secretário adjunto.

Nesta primeira etapa, podem receber a vacina contra Covid-19 pessoas com deficiência e idosos a partir de 60 anos que vivem em unidades de acolhimento, além de seus cuidadores.

Povos indígenas que moram em terras indígenas e pacientes internados em home care acompanhados pela Secretaria de Saúde também têm direito de ser vacinados.

Ainda estão incluídos nos grupos prioritários os profissionais da ativa da rede pública de saúde, servidores que trabalham com resgate no Corpo de Bombeiros Militar e empregados privados que fazem atendimento pré-hospitalar. Os profissionais de saúde de hospitais particulares também podem ser imunizados.

A Secretaria de Saúde anunciou que a vacinação de idosos com mais de 80 anos começará nesta segunda-feira (1º/2). O público apto a receber as doses é de 42.355 pessoas. As vacinas serão aplicadas em 36 salas, sendo 30 em unidades básicas de saúde já existentes e outras seis em locais estratégicos, como escolas e ginásios.


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