Nas primeiras horas do lockdown no Distrito Federal, a maioria dos bares respeitou o decreto governamental que determina o fechamento de diversas atividades comerciais a partir de 0h01 deste domingo (28/2). O Metrópoles percorreu algumas regiões e constatou que poucos estabelecimentos estavam abertos após o horário.
Seis equipes da Secretaria do DF Legal saíram às ruas por volta das 20h. Os fiscais fizeram uma espécie de blitz educativa até meia-noite, alertando os empresários sobre a necessidade de fechar as portas na hora prevista. Já na madrugada, a inspeção teve caráter punitivo, inclusive com a previsão de aplicação de multa, que pode chegar a R$ 3.816. Mas, apesar da rigorosa fiscalização, a esmagadora dos comércios vistoriados cumpriu a nova medida.
A maioria dos bares instalados no Sudoeste respeitou o lockdown e encerrou todas as atividades antes de meia-noite, a exemplo do Buteko 101 e Quintal da Tia Sandra.
O balanço com valores de sanções aplicadas e estabelecimentos inspecionados será divulgado pelo DF Legal na manhã deste domingo. Por volta das 22h30, com apoio da Polícia Militar do DF (PMDF), o DF Legal visitou um bar em Planaltina. Como ainda não passava de meia-noite, o proprietário foi apenas alertado e, por conta própria, resolveu encerrar as atividades.
As equipes do DF Legal passaram por alguns estabelecimentos em São Sebastião, Planaltina, Samambaia e Ceilândia, mas todos estavam com as portas fechadas. A Praça Leste do Gama, famosa por concentrar diversos bares, estava completamemte vazia no início da madrugada de domingo.
Na Asa Sul, a equipe do DF Legal não encontrou estabelecimentos funcionando irregularmente. O tradicional Líbanus, por exemplo, já não contava com clientes por volta das 23h50.
Horas antes do início do lockdown, o Metrópoles mostrou diversas cenas de aglomeração e descumprimento das medidas sanitárias em diferentes pontos do DF.
Nos vídeos, é possível ver pelo menos uma centena de pessoas em pé na fila do lado de fora e dentro dos estabelecimentos, desrespeitando o distanciamento e sem máscaras de proteção facial. Os registros foram feitos nos bares Eskina e Versão Brasileira, na Asa Sul.
Cenas de aglomeração e desrespeito às medidas sanitárias recomendas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) também foram registradas na casa noturna Bamboa, situada no Setor Hípico, onde centenas de pessoas dançavam sem máscaras em um ambiente fechado.
Uma festa no evento Complexo Fora do Eixo, no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN), foi outro que reuniu centenas de brasilienses antes do lockdown.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) editou, nesse sábado (27/2), um novo decreto onde estabelece que um número maior de setores da economia poderão funcionar durante o lockdown que se inicia neste domingo (28/2) e terá duração de 15 dias. No texto anterior, eram menos serviços permitidos de funcionar e não havia uma data para o fim da restrição.
Entre as atividades que podem abrir previstas no novo texto estão toda a cadeia da construção civil e de veículos automotores, cartórios, hotéis, papelarias, bancas de jornal e até mesmo escritórios de profissionais autônomos, como os de advocacia, contabilidade e engenharia.
As restrições a cinemas, clubes, museus, bares e barbearias continuam, mas passam a ter data fixa para acabar: 15 de março.
Agora, segundo o documento podem abrir:
Permanecem suspensos: