11/03/2021 às 09h50min - Atualizada em 11/03/2021 às 09h50min

Mourão chama Lula de “maniqueísta, político velho e analógico”

Questionado sobre as chances de ex-presidente disputar as eleições de 2022, Mourão acrescentou que Lula não poderá mudar aos 77 anos

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar as eleições presidenciais de 2022 são pequenas, porque, segundo ele, Lula precisará mudar. Mas, na opinião do militar, mudar aos 77 anos de idade é difícil.

Mourão acrescentou, na manhã desta quinta-feira (11/3), que além de político velho, o petista é maniqueísta e analógico.

“É o Lula de sempre, maniqueísta, político velho. Velho não na idade, mas velho de velhas ideias. Lula é analógico, nós somos digitais”, definiu o vice-presidente.

Segundo o militar, não importa o que o ex-presidente fale, ele está condenado. “Está sobejamente comprovado em três instâncias que ele se envolveu em atos de corrupção, lavagem de dinheiro etc e tal. Isso não vai ser apagado. O resto é conversa mole”, disse Mourão sobre o discurso do ex-presidente Lula.

“Se o povo brasileiro quiser votar no Lula, paciência. Mas todos nós que entendemos o que acontece. Quando falo nós vai geral aqui do Brasil . Ele não vence uma eleição porque é um político velho. Ele tem que mudar, e mudar muito! Acho difícil, a essa altura da vida, com quase 76 anos de idade – vai concorrer a uma eleição 77 anos – haver uma mudança”, apontou Mourão.

Caso Lula

Na segunda-feira (8/3), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu anular todos os processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no âmbito da força-tarefa em Curitiba. Na prática, essa medida torna o petista elegível, segundo a Lei da Ficha Limpa.

A decisão de Fachin permite que Lula seja candidato às eleições de 2022 e, consequentemente, seja o possível concorrente do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

Com a decisão, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.


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