O caso mais recente envolve o filho mais novo do presidente: Renan Bolsonaro. A Polícia Federal abriu, na segunda-feira (15/03), um inquérito para apurar negócios envolvendo o 04. O alvo, segundo a Folha de S. Paulo, é uma empresa de Renan que tem relações com o governo federal. O 04 teria a missão de abrir portas no Executivo.
O filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, é acusado de comandar um esquema de rachadinha quando era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Pelas investigações, ele receberia boa parte dos salários de pessoas empregadas em seu gabinete. Os recursos teriam sido lavados em uma loja de chocolates, que foi vendida para que Flávio pagasse parte da entrada da mansão que comprou em Brasília por quase R$ 6 milhões.
O mesmo esquema de rachadinhas, com funcionários fantasmas, é investigado no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro na Câmara Legislativa do Rio de Janeiro. O Ministério Público já levantou uma série de informações. Carlos, assim com Flávio, negam as irregularidades e se dizem vítimas de perseguição política para prejudicar o pai.
O deputado Eduardo Bolsonaro, por sua vez, é alvo de um inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a disseminação de notícias falsas contra autoridades e o financiamento de atos antidemocráticos. As investigações estão a cargo da Polícia Federal.
No caso de Flávio, em fevereiro último, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou as quebras de sigilo relacionadas ao caso das rachadinhas. E, nesta terça-feira (16/03), pode enterrar o caso de vez ao considerar ilegal a investigação realizada pelo Coaf, o órgão de inteligência financeira do governo.
Todas essas investigações têm causado apreensão no presidente da República, que, a cada nova denúncia contra os filhos, cria fatos para tentar distrair a opinião pública. Mas os casos já pesam na popularidade do governo, que está em baixa.