Na Casa Civil da Presidência da República, sai o general Braga Netto e assume o general Luiz Eduardo Ramos; no Ministério da Justiça e Segurança Pública sai André Mendonça e assume o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres; no Ministério da Defesa, sai o general Fernando Azevedo e entra o general Walter Souza Braga Netto; no Ministério das Relações Exteriores, deixa a pasta Ernesto Araújo e assume o embaixador Carlos Alberto Franco França (atual cerimonial da Presidência). Já na Secretaria de Governo da Presidência da República, no lugar de Ramos, assume a deputada federal Flávia Arruda -integrante do PL, comandado por Valdemar Costa Neto, um dos líderes do Centrão - e na Advocacia-Geral da União (AGU) retorna o ministro André Mendonça no posto deixado por Levi.
A primeira mudança do dia ocorreu com o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo em meio à pressão e à ameaça de pedido de impeachment por parte de senadores.
Pouco tempo depois, Bolsonaro pediu o cargo ao ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. De acordo com interlocutores do presidente, no domingo ele leu a entrevista do general Paulo Sérgio, chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército, concedida ao Correio. No texto, o general destaca que a taxa de mortalidade por covid-19 do Exército é de apenas 0,13%, enquanto na população em geral é de 2,5%. O presidente se irritou com a entrevista que destacou medidas que impediram mortes por covid-19 no Exército.
O advogado-geral da União, ministro José Levi Mello do Amaral Júnior, também pediu exoneração do cargo em carta enviada ao presidente nesta tarde.