02/04/2021 às 05h13min - Atualizada em 02/04/2021 às 05h13min

Laudo da PF confirma que vacina tomada por empresários de BH era soro

O material periciado foi apreendido na casa da cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro, que foi flagrada aplicando as doses Victor Fuzeira

Laudo da Polícia Federal aponta que as vacinas tomadas por empresários do ramo de transporte de Belo Horizonte eram, na verdade, soro fisiológico. O material periciado foi apreendido na casa da cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, apontada como a enfermeira que aplicou as doses do imunizante falso. As informações são da Globonews.

“Os resultados dos exames são compatíveis com a descrição contida no rótulo do produto, ou seja, que o mesmo se trata de produto farmacêutico denominado soro fisiológico (solução cloreto de sódio)”, diz o documento obtido pela emissora.

Na terça-feira (30/3), agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão na casa da enfermeira ligada ao esquema. No local, foi encontrada grande quantidade de soro fisiológico.

A suspeita, o filho dela Igor Pinheiro e um outro homem que estava presente durante a operação foram presos em flagrante e levados à Superintendência da Polícia Federal para prestar depoimento. Já o insumo foi apreendido e passou por perícia policial.

A profissional é a mesma que 
aparece em vídeo gravado por um vizinho da garagem onde supostamente empresários e políticos foram vacinados às escondidas, ignorando as prioridades definidas pelo Ministério da Saúde.
 

Segundo informações da PF, a mulher tem passagem na polícia por furto. Além disso, ela já teria comercializado doses ilegais da vacina para outros grupos de pessoas, além dos envolvidos na Operação Camarote.

A operação da Polícia Federal faz parte de um inquérito aberto para investigar os nomes envolvidos no esquema, que pagaram R$ 600 pela dose do imunizante. Os empresários da empresa de transporte de passageiros admitiram, em depoimentos prestados de forma espontânea, nessa segunda-feira (29/3), a aquisição dos medicamentos de procedência ilícita.

 


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