“Questionamentos a elas (decisões) devem ser feitos nas vias recursais próprias, contribuindo para que o espírito republicano prevaleça em nosso país”, frisam.
Conhecidos como críticos dos excessos da Lava Jato, que tem Barroso como apoiador no STF, os integrantes do Grupo Prerrogativas afirmam ser intolerável o comportamento de Bolsonaro e que possíveis críticas à decisão deveriam ser feitas “em termos compatíveis com a dignidade do mandato que exerce”.
O ex-titular da Educação Aloizio Mercadante (PT-SP) soltou nota em defesa do ministro Barroso. Segundo a manifestação, o presidente tem direito de discordar de decisões do STF, mas não o de “atacar pessoalmente um ministro da Suprema Corte ou tentar intimidar o Supremo”.
“São ameaças e agressões típicas de quem compactua com o autoritarismo, o arbítrio, o estado de exceção e a intolerância. Neste momento histórico, em que o ex-capitão volta a flertar com o golpismo, é nosso dever defender e preservar o STF”, escreveu Mercadante.
O ex-ministro disse que Bolsonaro tem agido assim com jornalistas, adversários políticos e com todos aqueles que não concordam com suas “atitudes nefastas”.
Parlamentares da oposição usaram as redes sociais para criticar os ataques feitos por Bolsonaro a Barroso. De acordo com o deputado federal Marcelo Freixo (PSol), o presidente “está alimentando uma nova crise institucional com o STF”. Freixo disse que o chefe do Executivo federal “tenta desviar o foco da investigação dos crimes que ele comete na pandemia”.
“O ataque do presidente ao ministro Barroso, que apenas determinou o cumprimento da lei, é sinal de desespero e confissão de culpa”, escreveu Freixo no Twitter.
Já a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que “a reação enfurecida de Bolsonaro contra Barroso por causa da CPI agride não só o ministro como todo o STF”. E ainda questionou: “Bolsonaro tem medo de quê?”