Além da perda dos cargos públicos, as penas passam de 10 anos de prisão para cada réu. Os denunciados ainda podem recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Deflagrada em maio de 2019, a “Operação Horus” desarticulou uma organização criminosa que grilava terras no Sol Nascente. À época, foram cumpridas sete prisões e 11 mandados de busca e apreensão contra policiais militares do DF.
As investigações iniciaram em 2011 e constataram que o grupo criminoso promovia o parcelamento irregular de solo urbano do Condomínio Sol Nascente desde o início da ocupação. Os acusados foram responsáveis pelo surgimento de dezenas de loteamentos ilegais na região.
De acordo com o Gaeco/MPDFT, uma parte do grupo de criminosos atuava como braço armado dos grileiros e cometia uma série de delitos, como ameaças e homicídios, e seriam auxiliados por policiais militares responsáveis por proteger e dar suporte aos infratores, bem como por comercializar parte dos terrenos.
O trabalho de investigação que resultou nas condenações foi realizado em parceria com a Coordenação Especial de Repressão à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária (Cecor), atual Departamento de Combate à Corrupção (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Procurada pelo Correio, a Polícia Militar emitiu uma nota informando que a corporação prima pelo policial correto e afirmou que, para os desvios de conduta, cumpre as decisões judiciais e tomamos as medidas cabíveis.