08/06/2021 às 07h45min - Atualizada em 08/06/2021 às 07h45min

Ministro da Justiça é acionado após Bessa defender golpe contra STF

Luis Miranda (DEM-DF) pediu que ministro abra ação penal pública no Supremo Tribunal Federal contra Laerte Bessa

Caio Barbieri
METRÓPOLES
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, foi acionado nesta segunda-feira (7/6) após o deputado federal Laerte Besa (PL-DF, foto em destaque), por ter criticado, em áudio direcionado a policiais civis, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmar que defendia "um golpe" para fechar o Supremo Tribunal Federal(STF) e o Congresso Nacional.

O acionamento foi feito pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Os dois bateram boca na semana passada após o veto presidencial à emenda que garantiria o plano de saúde para os servidores da Polícia Civil (PCDF).

Bessa chamou o colega de bancada de “estelionatário contumaz”. Miranda pediu ao ministro que seja requerida a instalação de ação penal pública no Supremo Tribunal Federal contra Laerte Bessa, de acordo com o que dispõe o artigo 24 do Código Penal.

 

“É um crime contra a democracia incentivar não só a população, mas a segurança pública, que é perigosíssima, homens armados, a fechar o STF, a fechar o Congresso Nacional, né? E depois que dermos a entrada no Supremo nós iremos para o Conselho de Ética também pedir a cassação e, obviamente, um impedimento de que o mesmo concorra nas próximas eleições, bem como nos próximos oito anos”, disse Luis Miranda.

“Pessoas como essa precisam pagar o preço, e a lei cobra. Não estamos pedindo nada aí além do que está na lei”, emendou.

Entenda o caso:

A briga começou quando Laerte Bessa criticou a decisão de Bolsonaro de vetar a emenda do plano de saúde no projeto que reestruturou a Polícia Civil do DF (PCDF) 

“Era esperado que ele simplesmente vetasse [o plano de saúde] pelo fato de que ele estava achando que poderia cometer um crime de responsabilidade. Bom, eu não quero comentar sobre o presidente, porque ele não é isso tudo que o povo está pensando. Eu conheço ele bem e sei que ele deixou muito a desejar no comando do país. Todo mundo sabe que nós votamos nele pra ele dar o golpe, pra ele acabar com o Supremo e, se fosse o caso, fechasse o Congresso também, porque eu era totalmente a favor, e ele simplesmente se acovardou.”

Ao voltar a falar sobre o veto, Laerte Bessa afirmou que vai trabalhar para derrubar o veto no Congresso, que seria “questão de honra”, e direcionou ataques ao colega de bancada.

“O senhor Luis Miranda, quem conhece, é um estelionatário contumaz aqui no Distrito Federal. Ele tem em torno de 12 processos, inquéritos policiais nas delegacias aqui do Distrito Federal, sem contar nos Estados Unidos. Então, o nosso pessoal colocou muita fé nele. Eu sabia que aquilo era um balão de ensaio, que era fogo, fogo na fogueira sem álcool e que nós podíamos simplesmente ter uma grande decepção no final daquele projeto que ele era o relator. Eu eu tinha certeza, ia sair também que os nossos policiais não acreditam em Papai Noel”, continuou.


A coluna tenta contato com o deputado Laerte Bessa.

 


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