Arthur Lira (PP-AL), o mais sabujo dos presidentes da Câmara dos Deputados desde a redemocratização do país em 1985, e talvez o que mais extraiu vantagens do governo justamente por satisfazer-lhe as vontades, dá como certa a aprovação do projeto que reintroduz o voto em cédula como quer o presidente Jair Bolsonaro.
Se de fato passar pela Câmara, não é pacífico que passe pelo Senado e suba para sanção do presidente. Mesmo que acabe passando, poderá ser barrado pelo Supremo Tribunal Federal. O voto em cédula divide a oposição. Parte dela acha que não se deve dar a Bolsonaro o pretexto para recusar o resultado da eleição de 2022.