27/06/2021 às 06h56min - Atualizada em 27/06/2021 às 06h56min

Líderes de 11 partidos sinalizam aliança contra voto impresso

Em reunião realizada neste sábado (26/6), os dirigentes defenderam urna eletrônica e descartaram apoio a mudança proposta em PEC

Em reunião, líderes de 11 partidos decidiram que não vão apoiar a mudança do atual sistema de votação eleitoral. No encontro por videoconferência, os presidentes decidiram apoiar a votação por meio da urna eletrônica e rejeitar a possibilidade de voto impresso auditável que tramita na Câmara dos Deputados.
 

Estiveram presentes: ACM Neto (DEM), Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB), Ciro Nogueira (PP), Gilberto Kassab (PSD), Luciano Bivar (PSL), Luis Tibé (Avante), Marcos Pereira (Republicanos), Paulo Pereira da Silva (Solidariedade), Roberto Freire (Cidadania) e Valdemar Costa Neto (PL).

Em entrevista, Roberto Freire afirmou que a decisão foi tomada por unanimidade entre os representantes: “Temos uma vasta experiência no sistema eleitoral atual e até agora nenhuma fraude foi comprovada. Nenhum partido nunca disse que uma eleição foi fraudada”.

Freire também afirmou que os representantes decidiram chamar outros partidos para agregar com a mesma posição. Os partidos também devem procurar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

O voto impresso vem sendo defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como opção já para as próximas eleições em 2022.

 Ao comentar a PEC em análise na Câmara, Bolsonaro disse nessa sexta-feira (25/6) que, se o texto for aprovado pelo Congresso, haverá impressão do voto nas eleições de 2022.

“Tem alguns, lamentavelmente, dois do Supremo Tribunal Federal, fazendo militância contra o voto auditável. Tiraram o Lula da cadeia, tornaram elegível, para quê? Pra elegê-lo presidente na fraude? Se o Congresso Nacional promulgar a PEC do voto auditável da Bia Kicis, teremos eleições auditáveis o ano que vem e ponto final”, disse o presidente Bolsonaro, em entrevista à imprensa.

Freire também acrescentou que a mudança do voto é uma “clara tentativa dele (Bolsonaro) se preparar para uma possível derrota” nas próximas eleições.

Paulo Pereira da Silva disse ao Metrópoles que a importância da reunião se deu pela reunião dos maiores partidos do país, e que a ideia seria promover conversas com o TSE para tornar o processo mais confiável.

“Isso mostra que os partidos estão convencidos de que o atual sistema eleitoral brasileiro é seguro e justo, né? Ou seja, é confiável. Vamos agora discutir formas de tornar ele mais confiável. É uma discussão agora com o TSE”, acrescentou Silva.


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