A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que estendeu a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro a outros dois processos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A medida foi tomada por Gilmar Mendes no dia 24 de junho. Um dia antes, o plenário reconheceu a parcialidade de Moro ao condenar Lula no caso do triplex em Guarujá (SP).
Na manifestação, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo argumentou que a decisão da 2ª Turma do STF, tomada por 3 a 2, “considerou, de maneira expressa, que a conclusão alcançada pelo órgão colegiado possui efeitos restritos”, isto é, somente para o caso do triplex.
O órgão argumentou ainda que em uma das ações Moro não proferiu a sentença, o que foi feito pela juíza federal Gabriela Hardt, que assumiu o caso.
No caso da ação relativa ao Instituto Lula e ao apartamento em São Bernardo do Campo, o Ministério Público também pontuou que Moro “pouco atuou, tendo em vista que a instrução processual ainda está em andamento e foi conduzida, em maior parte, pela citada juíza sucessora, Gabriela Hardt”.