17/07/2021 às 21h30min - Atualizada em 17/07/2021 às 21h30min

PAREM A PANDEMIA! A CPI ESTÁ DE FÉRIAS

MAJOR - BRIGADEIRO JAIME RODRIGUES SANCHEZ
MAJOR-BRIGADEIRO JAIME RODRIGUES SANCHEZ
 
504 GUARDIÕES DA NAÇÃO
 
Após 11 semanas de espetáculos lastimáveis, um verdadeiro festival de grosserias e demonstrações de arrogância e incompetência, os “investigadores” da CPI da pandemia, sempre amparados em decisões oportunistas dos ditadores togados (que deram poderes aos governadores  e prefeitos mas não permitem cobrar-lhes a responsabilidade), não convocaram nenhum representante dos estados e municípios investigados pela compra superfaturada de insumos, aquisição de respiradores artificiais que nunca foram entregues por empresa produtora de maconha, fechamento prematuro de hospitais de campanha, tudo isso com a utilização dos mais de dois bilhões de reais liberados pelo governo federal para o enfrentamento da pandemia, envolvendo, inclusive, os estados governados pelos filhos do relator Renan Calheiros e do membro suplente Jader Barbalho.
 
E o mais grave. Rejeitaram um requerimento que pedia a convocação de Carlos Eduardo Gabas, secretário-executivo do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. 
 
Enquanto isso, perdem semanas tentando provar a existência de propinas não pagas no 3º escalão do governo federal e o superfaturamento de um produto que sequer foi adquirido, para tentar provar que este governo é tão corrupto quanto os anteriores e manchar, a qualquer custo, a imagem do Presidente da República.
 
Para reforçar o medo de investigar a roubalheira, o único representante do Amazonas convocado para depor, o deputado estadual Fausto Junior, lançou graves acusações contra o presidente da Comissão, gerando diversos bate-bocas entre os parlamentares. 
 
O relator da CPI da Saúde do Amazonas, instalada pela Assembleia Legislativa do Estado durante a primeira onda da pandemia de covid-19, afirmou que “Todos os governadores investigados pela CPI mereciam ser indiciados…inclusive o ex-governador Omar Aziz”.
 
Ele tentou esquivares-se e acabou argumentando como um advogado de defesa do Presidente Bolsonaro: “eu, como governador, tenho responsabilidade zero nesses processos indenizatórios porque não sou ordenador de despesas das pastas”.
 
Suas excelências agora entram em férias escolares, como se o País estivesse vivendo um ciclo virtuoso e voando em céu de Brigadeiro. Mas não sem antes aprovarem a triplicação do fundo eleitoral, que retirará 5,7 bilhões de reais do nosso dinheiro, para o financiamento de suas campanhas políticas. São esses patriotas que arrotam diariamente a falta de empenho do governo federal para enfrentar a pandemia.
 
Para culminar, pedem a prorrogação daquele espetáculo circense e desperdiçam duas semanas desse tempo num recesso absurdo, em plena crise sanitária que investigam, totalmente injustificável para quem já trabalha apenas 3 dias na semana e goza férias “escolares” de 23 de dezembro a 1º de fevereiro.
A CPI informou que apesar do recesso, os senadores irão aprofundar as análises sobre os pontos que consideram fundamentais: “o tratamento precoce que causou a morte de dezenas de milhares de brasileiros e a existência de um gabinete paralelo que induziu o Presidente da República a dar prioridade à imunização de rebanho em detrimento da compra de vacinas”. 
 
Ou seja, mais uma vez a roubalheira é simplesmente ignorada, por duas razões muito simples: existem dois filhos de componentes da CPI na linha de tiro e consideram, a maioria deles, que o roubo de recursos públicos é coisa corriqueira.
 
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS.

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