O governador Ibaneis Rocha participou, na manhã deste domingo (12), no Memorial JK, das celebrações em torno do 119° aniversário de nascimento de Juscelino Kubitschek. A solenidade marcou ainda os 40 anos de inauguração do espaço que abriga a memória e história do seu fundador. O presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, também compareceu.
O ponto alto da celebração foi na câmara mortuária do patrono do DF. Paulo Octavio e sua esposa, Anna Christina – presidente do Memorial JK -; o chefe do Executivo local e Mayara Noronha Rocha, sua esposa; e o senador, depositaram flores na urna e respeitaram um minuto de silêncio. No discurso, Ibaneis Rocha engrandeceu o espírito republicano e democrata do homem que fez Brasília acontecer e o Brasil crescer.
“JK foi um dos maiores democratas que esse país já teve, vindo das Minas Gerais, com todas as dificuldades lá do interior diamantino, mas chegando à capital da república e mostrando tudo aquilo que estamos precisando nesse momento: diálogo”, destacou o governador Ibaneis Rocha. “Bastante significativo esse momento de relembrar a história de JK, tudo aquilo que JK significou para o Brasil. Rememorar essa cidade, que foi construída pela força de vontade do nosso presidente Juscelino Kubitschek. Saímos com a certeza de que o espírito de JK continua pairando sobre o Distrito Federal e sobre a nossa Nação”, acrescentou o chefe do Executivo.
Para o senador, Rodrigo Pacheco, o aniversariante do dia moldou em todos os brasileiros a noção de brasilidade. “Promoveu como nunca o orgulho de nossas origens. Mudou o rumo da nossa história, de um país essencialmente agrário e voltado para o mar, passamos a uma nação industrializada e de profunda integração nacional”, discursou.
Desde 2000 presidindo o Memorial JK – espaço inaugurado em 1981 e localizado a poucos metros da sede do Governo do Distrito Federal, o Palácio do Buriti -, Anna Christina Kubitschek falou da importância do legado do avô, um homem que, segundo ela, era um conciliador. “É um momento muito significativo e emocionante reviver a importância que foi o nosso fundador, resgatar essa memória, o legado de Juscelino foi a conciliação e amor à pátria, era um homem que sabia ouvir e governar agregando”, sintetizou.
“JK teve uma vida pública dinâmica, um político que compreendeu a alma brasileira e toda a sua diversidade”, discursou o vice-presidente do Memorial JK e bisneto de Juscelino, André Octavio Kubitschek. Confira o vídeo do evento:
Livros homenageiam o pai de Brasília
Nascido na cidade mineira de Diamantina, em 1902, Juscelino Kubitschek de Oliveira foi um dos mais memoráveis estadistas do Brasil. Brasília foi a grande marca do governo de JK, que incluiria a construção da então nova capital do país no seu plano de metas para o desenvolvimento da nação. As obras para erguer a cidade tiveram início em 1957 e, em pouco mais de três anos, mais de 30 mil homens davam contornos a uma cidade que seria inaugurada em 21 de abril de 1960.
Para traçar essa trajetória marcada por dinamismo, empreendedorismo e desafio, foram lançados no Memorial JK, durante as festividades desta manhã de domingo (12), dois livros. O primeiro título, voltado para o público infantil, “De Nonô a JK”, é uma parceria entre o museu JK e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF e contou com participação editorial do jornalista e secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, o Bartô. Exemplares da obra didática foram distribuídos para crianças de escolas públicas do DF.
“Não se pode imaginar Brasília sem pensar em Juscelino e precisamos envolver cada vez mais as crianças em todos os projetos que tratam não apenas de referências de pessoas que foram importantes para Brasília, mas também que falam sobre as questões patrimoniais”, destacou o secretário de Cultura. “É na juventude que depositamos toda nossa esperança, daí a importância do lançamento dessa obra”, endossou.
O segundo livro lançado na cerimônia de homenagem a JK foi o terceiro volume da coletânea “Memórias do Brasil — Discursos de Juscelino Kubitschek”, que reúne uma seleção de todos os pronunciamentos feitos por JK em 1958, ano decisivo tanto para a história política do Brasil, quanto para o projeto desenvolvimentista do país.
Já o terceiro volume de “Memórias do Brasil — Discursos de Juscelino Kubitschek” é a compilação de todos os pronunciamentos feitos por ele em 1958. A publicação é do Conselho Editorial do Senado Federal (Cedit), presidido pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “Bastante significativo rever os discursos daquele que foi um dos maiores tribunos desse país, que tinha como única arma, o diálogo”, fez questão de salientar o governador, Ibaneis Rocha.
A solenidade de hoje também comemorou os 40 anos do Memorial JK | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília
Festa para turista A festa em homenagem ao nome mais importante da história de Brasília pegou de surpresa alguns turistas que passeavam em volta do Memorial JK, na manhã deste 12 de setembro, data em é celebrado o 119ª aniversário de seu fundador. Foi o que aconteceu com o baiano de Salvador, Widson Nobre, 35 anos, coordenador de inteligência comercial.
“Realmente não sabia que hoje era a data de aniversário de Juscelino, foi pura coincidência, mas curiosamente simbólica, nossa vinda hoje a esse espaço tão bonito da cidade”, confessou o jovem, acompanhado de outros três visitantes à capital. “A referência que tenho do JK é histórica, de livros de escola, sabendo que ele foi o presidente que teve a preocupação de centralização dos poderes no coração do país e construiu Brasília, que tem uma arquitetura fantástica”, destaca.
Uma das convidadas do evento, a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, fez questão de ressaltar a relevância da capital do país na gestão Ibaneis Rocha, à sombra da figura de Juscelino Kubistchek. “Celebrar o aniversário de JK é ressignificar a história de Brasília, uma história que é única, que trouxe todos os brasileiros para construir e realizar esse sonho da nova capita do país”, acrescentou. “Também é o momento de fortalecer os propósitos do nosso governo, que é um governo de ação e que tem reconstruído Brasília com a mesma força que teve Juscelino Kubistchek.