Desde o início da obra, moradores da região, principalmente os moradores do residencial Total Ville já chamavam a atenção para o futuro problema e reclamavam que estrutura estaria no lugar inadequado, podendo se tornar-se inutilizável. Administração Regional de Santa Maria diz que local foi definido por meio de estudo técnico, mas tal estudo, pelo menos a princípio nada contribuiu para a comodidade dos futuros usuários.
Por Correio de Santa Maria com adaptações Satélite Notícias
Uma passarela, que deveria resolver os problemas enfrentados pelos de moradores do Setor Total Ville e trabalhadores do Polo JK, ambos na Região Administrativa de Santa Maria ao cruzarem a BR 040, foi construída em um lugar que pouco pode auxiliar os moradores e trabalhadores daquelas regiões se tornando praticamente inutilizável, segundo a população, uma vez que o equipamento está localizado a cerca de 800 metros das entradas dos setores. Moradores alertaram do problema no início, mas de nada resolveu tais investidas.
O pedido da população era para que o equipamento fosse construído na área dos canteiros que dividem as vias de entrada e saída dos setores, o que facilitaria a travessia para o outro lado da BR, local do ponto de ônibus sentido Entorno/Plano Piloto/Entorno. "Foi construída num local que não dá a lugar nenhum, onde ambos os lados só dão acesso ao matagal, e onde foi construída é a 800 metros daqui, depois do stander de vendas da ‘Direcional’”, disse Daniel Oliveira, morador do Total Ville, que ao falar sobre o problema estava exatamente na parada de ônibus localizada no canteiro central de entrada do setor.
Dias após a liberação do espaço para uso, segundo moradores, ninguém ainda utilizou o equipamento e essa dificilmente será utilizada para a sua finalidade. "Só passam por ela cachorros e andarilhos", afirmou ainda Daniel Oliveira.
Outro fato que chama a atenção de moradores do setor é devido a distância, além de terem que ajustar os horários de saída de casa para conseguirem “pegar” o transporte a tempo, e ainda correrão sérios riscos de assaltos devido isolamento do local.
O que diz a Administração Regional de Santa Maria
Em nota, o órgão informou que a construção do equipamento foi um pedido dos moradores e que “a Administração não mediu esforços para buscar soluções”. “Tudo foi decidido em reunião no dia 19 de novembro de 2019, no posto da Polícia Rodoviária Federal. A solicitação foi realizada para a construtora responsável pelo projeto, que naquela reunião, além da minha participação como administradora, estavam presentes as equipes da PRF, Direcional Engenharia, VIA 040, professor Júlio César como representante do Total Ville, o empresário Júnior Ferreira (Ceará do Povão) e Georgeano Trigueiro, representando a deputada Jaqueline Silva (PTB)”, explicou a administradora de Santa Maria, Marileide Romão.
O certo é que a passarela foi construída em um lugar que não atende aos moradores devido a sua inadequada localização. Todavia, é possível entender que no futuro o setor Total Ville possa se expandir em direção de Santa Maria. Somente assim tal localização do equipamento se justificaria. Infelizmente para os moradores, neste primeiro momento a localização da passarela que foi definida por técnicos não sofrerá alteração e os usuários do transporte público que necessitam cruzar diariamente a BR 040, terão que se adequar as suas rotinas para não sofrerem quaisquer percalços em razão da distância e isolamento do equipamento.
O que diz a assessoria de imprensa do gabinete da deputada Jaqueline Silva:
Segundo a assessora de imprensa do gabinete da parlamentar, foi solicitado da empresa Direcional uma explicação sobre o porquê de a Direcional ter escolhido justamente aquele local para a construção da passarela, uma vez que fica realmente a aproximadamente 1Km do local desejado pelos moradores. E ainda, se a Direcional pretende mudar a entrada de acesso ao Residencial Total Ville. Mas, até agora, segundo a assessora, “a empresa não se posicionou em responder ao questionamento”.
Informativo do gabinete da deputada Jaqueline Silva - Montagem arquivo
Nota do Editor – A resposta da assessoria de imprensa da deputada Jaqueline Silva, confirma mais uma vez as suas inverdades políticas quando se dirige aos moradores informado que “todas” as obras realizadas na cidade são frutos do seu “mandato compartilhado” e que, “todas ações reivindicadas são frutos após ouvir a demanda da comunidade e discutir a melhor maneira para que essas sejam realizadas”. Para completar as suas inverdades, deputado não realiza obras e sim propõe leis, fiscaliza a ações do Executivo e destina recursos, nada mais além disso. Todavia, bem que a deputada que se intitula madrinha de Santa Maria poderia fazer jus ao seu discurso quando da discussão para a elaboração do projeto, como afirma estava presente, palpitar pelo bem-estar dos moradores e propor que a passarela pudesse ser construída mais próximo dos moradores e não a quase 1Km de distância.
A pensar sobre o que aconteceu com a redução da poligonal da cidade, já na atual gestão, quando perdemos a região do Tororó para São Sebastião e nada foi feito para impedir por parte da representante da cidade que, aliás votou a favor do desmembramento, tudo pode acontecer e a passarela não seria questão de dor de cabeça para Jaqueline Silva.
Fonte - CSM e JSN