27/09/2021 às 08h48min - Atualizada em 27/09/2021 às 08h48min
Preparando espetáculo para 2022, Via Sacra de Planaltina elege novos gestores
Foi eleito coordenador-geral Preto Rezende, que liderou o grupo de 1999 a 2007
O Grupo Via Sacra ao Vivo de Planaltina, organização da sociedade civil responsável pela montagem e realização da tradicional Via Sacra do Morro da Capelinha, elegeu, neste domingo (26/9), um novo conselho de coordenadores. O ator e professor aposentado José Vicente Rezende, conhecido como Preto Rezende, é o novo coordenador-geral do grupo.
Puderam votar os membros da Via Sacra com mais de 16 anos de idade que estejam no grupo há mais de dois anos. A Via Sacra tem 1.400 integrantes, muitos deles atores profissionais, como o próprio coordenador eleito. Preto Rezende já ocupou o posto de líder do grupo entre os anos de 1999 e 2007.
“Fui o primeiro ator profissional do grupo, sou formado pela Faculdade Dulcina de Moraes, na primeira turma, então, tive a honra de estudar com a Dulcina”, gaba-se Preto. O ator passou anos interpretando Judas no espetáculo, até se aposentar em 2019.
O novo coordenador destaca que junto com o conselho de coordenadores foi eleito um conselho fiscal para cuidar dos gastos do espetáculo. O Grupo Via Sacra já foi questionado duas vezes pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por não comprovar gastos.
A encenação recebe recursos da Secretaria de Cultura e teria deixado de explicar o gasto de R$ 43.666,32, em 2018, e de R$ 133.958,13, em 2019. Esta é a segunda vez que o conselho fiscal também é eleito, e não mais indicado pela coordenadoria-geral.
“A gente tem um estatuto e houve mudanças. Agora a gente prevê esse acompanhamento pelo conselho; apareceram os candidatos e eles colocaram os nomes à prova”, explica Preto, que nega que as mudanças nas regras de acompanhamento do conselho fiscal foram motivadas pelas contestações do GDF. “Foi por conta de tudo, é importante fiscalizar, olhar as contas”, afirma.
Questionado se o grupo ainda deve explicações ao Executivo, o novo coordenador diz que não sabe, já que não tomou posse ainda. “Teria que tomar pé das coisas. Tem de haver a transição, a posse acontece na semana que vem. É preciso fazer o levantamento de qual é o andamento e os desdobramentos que vamos fazer”, ponderou.