O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) instaurou processo disciplinar e determinou o afastamento temporário do pastor evangélico Fadi Faraj. A resolução, publicada nesta segunda-feira (4/10), destaca que o Conselho de Ética e Disciplina Partidária do PTB vai apurar suposta responsabilidade de Faraj na “infringência aos seus deveres e disposições estatutárias e programáticas”.
Para que o pastor não interfira na apuração dos fatos, também ficou determinado o seu afastamento do cargo pelo prazo que durar o processo.
Na última semana, Fadi Faraj conseguiu na Justiça uma liminar reconduzindo-o ao comando do PTB no Distrito Federal. Ele estava afastado desde 31 de agosto deste ano, quando a presidente interina da sigla, Graciela Nienov, decidiu por sua destituição.
Graciela comanda o PTB desde que o seu presidente, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, foi preso no quadro do inquérito tocado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga milícias digitais. Faraj, por sua vez, comanda o PTB no DF de maneira provisória. Seu mandato iniciou-se em 12 de junho e se encerra em 12 de novembro deste ano.
A liminar pedida por Faraj logo após a sua destituição foi deferida pelo desembargador eleitoral Renato Gustavo Augusto Coelho. Para ele, “o órgão nacional do partido só poderia destituir a comissão provisória distrital após a concessão das garantias do contraditório e da ampla defesa”.