O Governo de Brasília anunciou, nesta terça-feira (2), a nomeação de 723 profissionais para reforçar serviços da Secretaria de Saúde. A medida possibilitará a reabertura de 65 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais do Distrito Federal, e também reforçará as equipes de Estratégia Saúde da Família e outros serviços como os de saúde mental. O anúncio foi feito pelo governador Rodrigo Rollemberg e pelo secretário de Saúde, Humberto Fonseca, no Palácio do Buriti.
"Com essas nomeações, atingimos o total de 4.920 convocações desde janeiro de 2015 e 4 mil servidores foram efetivamente contratados, já que aproximadamente 20% não tomaram posse. Estamos nomeando de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que permite a substituição de pessoas em caso de aposentadoria", disse o governador. Rollemberg destacou que o maior volume de nomeações do governo foi direcionado para a Saúde, área que é prioridade.
Entre os nomeados aprovados em concurso de 2014 estão 468 técnicos – 220 de enfermagem, 148 em higiene dental, 85 administrativos, oito em radiologia e sete em laboratório (patologia clínica) – e 103 médicos, dos quais 53 vão atuar no Saúde da Família.
O restante é composto por 36 enfermeiros, 30 auxiliares de operações de serviços diversos em farmácia e anatomia patológica e 20 cirurgiões-dentistas. Os outros 66 profissionais se dividem em assistentes sociais, biomédicos, farmacêuticos-bioquímicos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos.
A publicação no Diário Oficial do DF deverá ser realizada até sexta-feira (5) e o impacto orçamentário das novas contratações será de R$32 milhões em 2017 e R$69 milhões a partir de 2018.
O secretário de Saúde explicou que os leitos de UTI que serão reativados possuem equipamentos funcionando e precisavam apenas de mão de obra. Entre as 65 futuras vagas, 18 serão para adulto, 39 são neonatais, seis pediátricas, e duas para cuidados intermediários em neonatologia.
Entre os leitos de adulto, a previsão é de que 10 sejam reabertos no Gama, quatro em Sobradinho, duas em Ceilândia e duas em Samambaia. As seis pediátricas serão no Materno Infantil. Das vagas de neonatologia, 12 são em Santa Maria, 13 no Materno Infantil, oito em Taguatinga e seis em Ceilândia. Já as duas de cuidados intermediários são na Asa Norte.
Fonseca disse que o fechamento de muitos leitos ocorreu depois da redução da carga horária dos técnicos de enfermagem de 24 para 20 horas semanais, que gerou uma diminuição equivalente a 900 profissionais.
"O funcionamento desses leitos aliviará essa grande pressão por vagas de UTI no Distrito Federal. Muitas vezes temos condições de fazer cirurgias eletivas (agendadas), mas não temos leitos de UTI disponíveis, caso o paciente necessite", afirmou o secretário.
OUTRAS MEDIDAS - O governador destacou que a Saúde é prioridade para o governo. Por isso, há outras ações em andamento. Uma delas é a construção do bloco 2 do Hospital da Criança, que permitirá a reabertura de 219 leitos, sendo 38 de UTI pediátrica. "Com a conclusão dessa obra, vamos conseguir suprir toda a demanda de alta complexidade pediátrica", disse.
Fonseca citou ainda que a pasta está preparando um novo concurso para contratar pediatras, médicos intensivistas e neonatologistas. Também será realizada outra seleção destinada a selecionar profissionais de especialidades que não têm mais candidatos para serem chamados, como é o caso de anestesistas.