19/10/2021 às 06h36min - Atualizada em 19/10/2021 às 06h36min

Vacinação avança: Brasil aplica mais 2ª dose que 1ª há 41 dias seguidos

Para especialista, aplicação majoritária de segunda dose indica o avanço da imunização contra a pandemia

Com o ritmo da campanha de vacinação contra a Covid-19 avançando em todo o país, o número de pessoas que completaram o ciclo de imunização vem crescendo em ritmo acelerado. Desde 6 de setembro, o Brasil aplica majoritariamente a segunda dose das vacinas disponíveis. Nestes 41 dias, 36.684.591 pessoas foram, finalmente, imunizadas contra o corona vírus, o que representa 35,1% do total de pessoas que receberam a segunda dose em toda a campanha.
 
Até essa segunda-feira, 104.352.811 brasileiros tinham completado o ciclo vacinal – 57,1% de todas as pessoas acima de 12 anos no país.
 
Neste levantamento, foram descartadas as doses do imunizante da Janssen, já que para a completa imunização é necessário apenas uma dose de vacina. O imunizante é o único que necessita apenas de dose única.
 
O cenário é positivo e indica que o país está, finalmente, avançando na imunização, avalia o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro: “Agora temos um cenário com muitas pessoas já com a primeira dose. Então é muito positivo vermos que a segunda dose, para o término do ciclo vacinal, está sendo devidamente aplicada”.
 
A vacinação começou em 17 de janeiro deste ano no Brasil. Desde então, problemas de falta de imunizantes, logística na entrega de novas doses e denúncias de corrupção na aquisição de vacinas permearam a campanha de vacinação. Vídeos divulgados na última sexta-feira (15/10), por exemplo, mostram que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello teria mentido à CPI da Covid sobre o preço da vacina adquirida via consórcio Covax Facility.
 
Para Ribeiro, é preciso manter o esforço para aplicação da segunda dose, e também da dose de reforço. Estudos vêm acompanhando a perda de proteção das vacinas ao longo do tempo e a comunidade científica avalia a possibilidade de que as vacinas contra a Covid-19 sejam aplicadas de forma recorrente, assim como outros imunizantes usados em outras doenças, como a gripe.
 
“Precisamos nos atentar na importância da dose de reforço para não termos novamente uma população mais vulnerável, que tomou vacina lá na frente, desprotegida novamente”, explica.
 
Segundo dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 1.466 cidades já aplicam a dose de reforço. Até essa segunda-feira (18/10), a dose de reforço foi aplicada em 4.298.275 pessoas no país.


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