Em razão da lei de abuso de autoridade, a PCDF não informou o nome do suspeito preso nesta segunda-feira (18/10), após a Justiça expedir mandado de prisão temporária.
O vídeo flagra o momento em que o suspeito chega a parar de arrastar o saco quando pessoas cruzam a rua. Em seguida, o criminoso segue pelo final da rua até sair do raio de filmagem. Investigadores da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) deram início às apurações e identificaram que havia uma obra ocorrendo próxima ao local onde a vítima morava.
Trouxa de roupa
Com as imagens em mãos, os policiais ouviram operários que trabalharam na obra e que reconheceram o suspeito. Questionado pelas equipes, o homem negou que tivesse trabalhado na obra. Sobre as imagens, o homem justificou que estaria carregando “trouxa de roupas” durante uma mudança.
No entanto, o suspeito, segundo as investigações, não tinha moradia e costumava passar as noites em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Além disso, os policiais apuraram que, após o crime, o suspeito tentou conseguir dinheiro para comprar uma passagem em direção a Bahia, para fugir do DF.
Exame de DNA
Exame de DNA comprovou, em 29 de setembro, que o corpo carbonizado era de Luciana Regina de Faria. Segundo a mãe de Luciana, Aparecida Teresa de Faria, 67, a filha sofria de esquizofrenia e epilepsia e saiu sem levar nenhum documento ou bolsa com roupas. Dryelle Sabrina de Faria Alves, 22, filha de Luciana, contou ao Metrópoles que a mãe era muito religiosa e conversava com todo mundo.
Pablo Aguiar, delegado-chefe da 27ª Delegacia de Policia (Recanto das Emas), explicou que o caso é complexo. “Já tinha a suspeita de que o corpo poderia ser dela. Então, solicitei para que a investigação fosse feita em conjunto com a seção de homicídio e de pessoas desaparecidas. Ainda estamos em fase preliminar, descobrir os autores e as motivações. A família da vítima prestou depoimento, mas ainda não levantamos algo concreto”, explicou o policial.