O presidente Michel Temer comemorou, por meio do porta-voz Alexandre Parola, a aprovação do texto da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados e fez questão de reiterar a importância da base aliada.
“O presidente da República expressa sua satisfação e congratula-se com as deputadas e os deputados da base de apoio do Governo. Sua atuação firme e comprometida com o Brasil foi fundamental para a aprovação na comissão especial da Câmara dos Deputados do parecer preparado pelo relator Arthur Maia”, disse Parola na noite desta quarta-feira, 3.
“Ao agradecer pelo apoio recebido hoje na comissão especial, o presidente Michel Temer reitera seu chamado aos parlamentares dos partidos da base de sustentação do governo no Congresso Nacional para que renovem seu empenho com a agenda de reformas a fim de que seja garantida a aprovação da proposta no plenário da Câmara dos Deputados”, destacou o porta-voz.
Após mais de oito horas de discussão, a comissão especial da Câmara aprovou o parecer do relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) por 23 votos favoráveis, 14 contrários e nenhuma abstenção. O governo tinha a expectativa de obter entre 22 e 25 votos.
“O número de votos favoráveis recebidos na comissão demonstra o reconhecimento da sociedade brasileira quanto à necessidade e à urgência de reformar o sistema previdenciário no Brasil”, destacou o presidente, por meio do porta-voz.
Na mensagem, lida por Parola no Planalto, o presidente destacou ainda que, aprovado o texto, “teremos uma Previdência que promove a justiça e, sobretudo, protege os menos favorecidos”. “Ao lado de buscar mais equidade, a reforma é também inadiável por uma razão simples: se não reformarmos hoje, pagaremos amanhã o elevado preço de adiar decisões fundamentais”, disse.
Parola destacou ainda que a economia brasileira já retomou a atividade e que o governo precisa “acelerar o crescimento, reduzir ainda mais os juros, criar mais empregos”. “Essa tarefa está sendo encarada com determinação pelo presidente Michel Temer em razão de seu compromisso com o futuro dos trabalhadores e trabalhadoras mais pobres e vulneráveis do campo e das cidades brasileiras”, afirmou.
Na sessão da comissão que analisou o relatório, pelo menos um episódio irritou o Planalto: a inclusão dos agentes penitenciários na regra especial que permite reduzir a idade mínima da aposentadoria da categoria. A medida não foi articulada com o Palácio do Planalto e, segundo fontes, ao saber da “novidade” colocada por Maia no texto, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, teria feito “telefonemas” para pedir o recuo na decisão.