25/10/2021 às 06h37min - Atualizada em 25/10/2021 às 06h37min

Alcolumbre vê prisão de primo pela PF como retaliação do Planalto

Senador do DEM do Amapá acredita que prisão do primo foi "orquestrada" para desgastá-lo, em meio ao atraso na sabatina de André Mendonça

A prisão de um de seus primos na semana passada deixou o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) ainda mais irritado com o Palácio do Planalto e, por tabela, com André Mendonça, nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF).
 
Em conversa com aliados, o senador disse acreditar que a prisão de seu primo Isaac Alcolumbre, em operação contra o tráfico internacional de drogas, teria sido “orquestrada” pelo governo federal como retaliação ao fato de o parlamentar travar a sabatina de Mendonça há mais de três meses.
 
Isaac é dono de um aeródromo (pequeno aeroporto) em Macapá onde, segundo a Polícia Federal, funcionaria uma espécie de base para abastecimento de combustível e manutenção de pequenas aeronaves vindas da Colômbia e Venezuela que distribuíam drogas para outras regiões do Brasil.
 
A aliados, Alcolumbre diz ter em mãos um ofício por meio do qual seu primo teria pedido à PF, antes da operação, que instalasse um posto da corporação no aeródromo. O senador conta que Isaac teria chegado a enviar as chaves do local por correspondência para a Polícia Federal.
 
Procurada pela coluna desde sexta-feira (22/10), a assessoria de imprensa da Superintendência da PF no Amapá não respondeu. O espaço segue aberto.
 
A prisão do primo se soma a outro fato que Alcolumbre também vê digital do governo. Como a coluna noticiou na semana passada, o senador atribui a integrantes do Planalto e a aliados de André Mendonça o “vazamento” de um áudio que revela uma possível troca de favores entre o parlamentar e um desembargador.


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