O ex-deputado Roberto Jefferson atacou novamente o ministro Alexandre de Moraes, que ordenou sua prisão em agosto. Em carta assinada na última sexta-feira (22/10) e obtida pela coluna, Jefferson citou a mulher do ministro, a advogada Viviane de Moraes, criticou o STF e voltou a pregar uma “maldição sobre os perversos” contra o ministro, referindo-se a um trecho da Bíblia. Neste sábado (23/10), Jefferson foi internado no hospital da prisão Bangu 8, no Rio de Janeiro.
“Perdi mais uma no Esseteefe (sic). Rapaz, está feia a coisa para mim! Farei uma campanha nacional na internet para arrecadar 3 milhões de reais. Contratarei o escritório de dona Vivi, esposa do Xandão, pois é a única maneira de virar o jogo naquela caverna. Ela é especialista em tribunais superiores, conhece as manhas daquela patota. Vou iniciar a campanha de arrecadação com um saco de filó nas ruas, igual fazia a turma do Lula antigamente. Um dinheiro por favor. Me ajuda!”, escreveu Jefferson em uma carta enviada a aliados.
Neste ano, o ex-deputado já foi condenado pela Justiça de São Paulo a indenizar o ministro e sua mulher por danos morais.
Ao fim da carta, Roberto Jefferson registrou:
“Orem pelo Xandão o Salmo 109:6-19. Amém”. O trecho é o mesmo de um vídeo que o ex-deputado gravou na semana passada e rendeu cobranças de Moraes a Jefferson, ao governo do Rio de Janeiro e ao hospital em que ele estava internado.
“Oro em desfavor do Xandão”, disse Jefferson, segurando uma Bíblia, em um vídeo de três minutos, publicado pela coluna. O presidente do PTB disse que havia lido uma “maldição sobre os ímpios e perversos”. “Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício. Sejam órfãos os seus filhos e viúva sua mulher”, afirma um trecho do texto, insinuando a morte de Moraes.
Segundo advogados, o presidente do PTB corre risco de morte e precisa ser transferido novamente ao Hospital Samaritano Barra, onde ficou de 4 de setembro a 14 de outubro e passou por um cateterismo.
Denunciado pela PGR, Jefferson foi preso em 13 de agosto a pedido da PF, suspeito de integrar uma organização criminosa digital para atacar a democracia.