28/10/2021 às 06h00min - Atualizada em 28/10/2021 às 06h00min
Ex-vereador que matou prefeito é condenado a 17 anos e 6 meses de prisão
O crime ocorreu em 13 de julho de 2019, após uma discussão entre Marquinho do Depósito, ex-vereador de Naque, e o prefeito da cidade, Hélio Pinto de Carvalho
Ex-vereador da cidade de Naque, no Leste de Minas, Marcos Alves de Lima, de 58 anos, foi condenado pelo tribunal do júri de Ipatinga, a 17 anos e seis meses de prisão por ter assassinado a tiros o prefeito de Naque, Hélio Pinto de Carvalho, de 55. O crime aconteceu em 13 de julho de 2019. O julgamento durou 10 horas e a sentença foi proferida pelo juiz João Paulo Júnior na noite de terça-feira (26/10)
O júri foi composto por cinco homens e duas mulheres, que consideraram o ex-vereador culpado pelo crime, acatando as denúncias feitas pelo Ministério Público, que sustentou durante o júri a tese de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A defesa do ex-vereador anunciou que vai recorrer da sentença e sustenta que o Marcos Alves de Lima, conhecido como Marquinho do Depósito, agiu em legítima defesa, e somente atirou no prefeito, depois de ser agredido com golpes de um chicote de açoitar cavalos.
Nas investigações feitas pela Polícia Civil, os delegados concluíram que o crime teria sido premeditado. E que o atrito entre o ex-vereador e o prefeito começou por causa de uma desavença entre os dois, depois de discutirem sobre a localização de uma cerca que dividia um terreno de Marquinho do Depósito.
Ao saber que o prefeito estava no terreno e próximo à cerca, o vereador teria ido ao local e se encontrado com o prefeito para tirar satisfações, segundo apurou a Polícia Civil. Durante a discussão, o prefeito Helinho atacou o ex-vereador com o chicote, que revidou, atirando seis vezes contra ele.
Mesmo com o recurso impetrado por seus advogados de defesa, o réu continuará preso no Presídio de Açucena.
À época do crime, ele foi preso e logo depois foi beneficiado com liberdade provisória. Fugiu para a casa de parentes, no Espírito Santo, mas foi novamente preso.
A família do prefeito se manifestou ao fim do júri, afirmando que a condenação do réu alivia um pouco a dor da perda de Helinho.