18/11/2021 às 07h26min - Atualizada em 18/11/2021 às 07h26min

GO: após 33 dias, mulher que foi queimada pelo ex recebe alta da UTI

Ex-namorado agrediu e ateou fogo ao corpo da vítima, de 24 anos, em Goiás. Mulher se salvou ao correr em direção a uma rodovia

Goiânia – Após 33 dias, a jovem de 24 anos que teve o corpo queimado pelo ex-namorado recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Catalão, no sudeste goiano. Na manhã desta quarta-feira (17/11), ela passou a ser tratada em um quarto da unidade de saúde.
 
O caso aconteceu no dia 13 de outubro deste ano, quando o homem a abordou na rua, obrigou que ela entrasse no carro e a levou para uma região fora da cidade, onde foi agredida com chutes, socos e teve o corpo incendiado. A vítima ficou internada por mais de 30 dias na UTI, respirando por aparelhos. Milene passou por procedimentos cirúrgicos reparadores (cirurgia plástica) e, nesta manhã, foi transferida para um quarto.
 
Na data do crime, a vítima estava com a medida protetiva contra o ex-namorado vencida há três dias e aguardava o resultado do pedido de renovação.
 
O autor da barbárie, Robson Martins, de 29 anos, se entregou à polícia cerca de nove dias após o crime. Segundo ele, o motivo foi ciúmes. Robson está preso na Unidade Prisional Regional de Catalão e deve responder por tentativa de feminicídio.
 
O relacionamento dos dois era conturbado e ela já tinha registrado dois boletins de ocorrência contra o mesmo homem.
 
No momento em que ateou fogo na mulher, ele saiu correndo. Desesperada, ela conseguiu se levantar, retirou a blusa que estava pegando fogo e, também, correu em direção à Rodovia GO-305.
 
A vítima permaneceu às margens da estrada até aparecer alguém que a ajudasse. Um homem que passava de carro pelo local viu a mulher e a colocou no veículo, levando-a para o hospital Santa Casa de Misericórdia Catalão.
Queimaduras
 
Ela sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau. A delegada Alessandra Maria de Castro, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), foi até o hospital, à época, para ouvir a vítima.
 
    “Ela contou que teve um relacionamento de quatro anos, mas que há dois meses eles estavam separados. Eles vinham conversando amistosamente, quando ele começou a manifestar ciúmes”, relatou.
 
A delegada frisou que o simples fato de eles estarem conversando por aplicativos de bate-papo no celular já era um descumprimento da medida. A vítima e o agressor não podem ter nenhum tipo de contato.


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