Jair Bolsonaro negou o pedido feito pelo senador Davi Alcolumbre, do DEM do Amapá, para trocar a indicação para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em mais um episódio de sua queda de braço com Bolsonaro, o ex-presidente do Senado tentou substituir o nome de Gustavo Augusto Lima pelo de Vitor Saback, sem sucesso até o momento.
A articulação de Alcolumbre foi informada pela repórter Naira Trindade nesta quarta-feira (30/11), na coluna de Lauro Jardim.
Saback é atualmente diretor da Agência Nacional de Águas. Ele foi nomeado para o cargo no ano passado e tem mandato até 2024.
Além da pouca disposição de Bolsonaro em abrir nome de uma indicação pessoal por um outro indicado por Alcolumbre, que segurou por cinco meses a marcação da sabatina de André Mendonça ao STF, o currículo de Saback também pode ser um problema. Ele é formado apenas em administração de empresas, enquanto conselheiros do Cade são tradicionalmente do direito ou da economia.
Quem acabou envolvido no fogo cruzado entre Alcolumbre e Bolsonaro é o ex-presidente do Cade, Alexandre Barreto, nomeado para a Superintendência Geral da autoridade antitruste.
Barreto está em quarentena até 21 de dezembro deste ano. Caso a situação não se resolva até lá, é possível que ele tenha de voltar a dar expediente no Tribunal de Contas da União (TCU), onde é concursado, até ser aprovado para o novo posto.