Rio de Janeiro – A professora Rosângela Medeiros defendeu a filha, Monique Medeiros, da acusação de homicídio do menino Henry Borel, em depoimento no 2º Tribunal do Júri, nesta terça-feira (15/12). Ao final, entretanto, disse acreditar que o garoto foi vítima de morte violenta, ao responder a uma pergunta da juíza.
Acusados pelo assassinato do garoto, Monique e o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, serão interrogados em juízo em 9 de fevereiro. Em mais de duas horas, Rosângela foi enfática: “O amor não mata”, disse.
“Henry teve a melhor mãe que poderia ter. Ele jamais sofreu agressão”, afirmou a avó. Durante o depoimento da ex-sogra, Jairinho teve uma crise de choro. Ele deixou o plenário por menos de cinco minutos, após se recompor.
Rosângela contou que fazia de tudo pelo neto e passava o final de semana na casa do casal, a pedido de Henry. Segundo a avó, o neto era amado pela filha e nunca foi maltratado: “Meu marido morreu achando que foi acidente”, afirmou a senhora.
Para Rosângela, Monique era uma mãe presente. “Ela ia ao médico, à escola, cuidava muito bem dele. O Henry foi extremamente amado por nós também. Minha filha é boa e generosa. Não acredito que meu neto foi torturado”, declarou. Rosângela confirmou que, ao visitar Monique no presídio, ela contou que sofria com agressões de Jairinho.
O irmão de Monique, Brayan também contou em juízo sobre a violência. Os ataques foram narrados ainda pela mãe de Henry em cartas escritas no cárcere.
Henry foi levado pelo ex-casal para o hospital Barra D’Or, zona oeste, em 8 de março. Segundo os médicos da unidade, o garoto já chegou morto. Monique e Jairinho alegaram acidente doméstico, mas laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou 23 lesões por agressões no corpo do garoto.