A União Brasil, partido que nascerá com a fusão de DEM e PSL e que deve ser formalizado em fevereiro, estima que pode tirar até metade dos quadros do PSDB, atraindo parlamentares de todo o país que queiram aproveitar a brecha que a lei eleitoral abre para migração para uma legenda que está sendo criada.
Mas a debandada não deverá ser só nos Legislativos. Um exemplo é o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando. A cidade no interior de São Paulo é a maior prefeitura sob o comando do PSDB atualmente, mas não por muito tempo, já que Morando está perto de fechar com a União Brasil.
A sigla será presidida pelo deputado federal Luciano Bivar, do PSL, e terá como secretário-geral o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, atual presidente do DEM.
A legenda aguarda apenas a autorização da Justiça para finalizar a criação do partido, o que deve acontecer logo após o recesso do Judiciário.
A União Brasil era cotada para indicar o vice de Sergio Moro, pré-candidato à presidência do Podemos, mas o movimento recente de um ministro do STF pode impedir a aliança entre as duas siglas.
O União Brasil é um ativo cobiçado para as eleições de 2022 porque será o partido com o maior quinhão do fundo eleitoral e o maior tempo de televisão.