Alvo da vez de alguns líderes partidários da Câmara, a ministra Flávia Arruda definiu com aliados e auxiliares a estratégia para lidar com a pressão desses parlamentares por sua demissão da Secretaria de Governo, ministério do Palácio do Planalto responsável pela articulação política.
Segundo auxiliares, Flávia não pretende responder publicamente os deputados. A avaliação no entorno da ministra é de que não vale a pena ela “esticar a corda”, pois a pressão pela demissão estaria vindo de um único líder que não teria tido uma demanda política “individual” atendida pelo governo.
O líder a que esses auxiliares se referem é Hugo Motta (PB), que liderou a bancada do Republicanos na Câmara em 2021. O deputado foi o único até agora a pedir publicamente a demissão da ministra. Ele alegou que ela não teria atendido pedidos de parlamentares para liberação de cargos e emendas.
Auxiliares da ministra, que é deputada licenciada, sustentam que ela mantém o aval tanto do presidente Jair Bolsonaro quanto do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para continuar no ministério. Embora seja filiada ao PL, a indicação de Flávia ao cargo é creditada na cota de Lira.