A Defesa Civil do Distrito Federal divulgou os próximos passos de monitoramento do prédio que caiu em Taguatinga Sul nessa quinta-feira (6/1). Até segunda-feira (10/1), ninguém está autorizado a entrar no edifício. Os engenheiros responsáveis pelo monitoramento farão uma avaliação comparativa ao longo do período de 72h para então divulgar qual será a decisão.
Segundo o tenente-coronel Deusdete Vieira, o trabalho será de “comparação”. “Foram tiradas ontem, vamos tirar fotos hoje, também iremos tirar fotos amanhã para que os engenheiros possam ter embasamento para saber qual será nosso trabalho a partir de segunda-feira (10/1)”, explica. “A ideia é que um conjunto de engenheiros façam essa avaliação (de quais serão os próximos passos), com ajuda da Novacap inclusive. É um trabalho criterioso para nos fornecer a tomada de decisão”, pontua.
“Nós (da Defesa Civil) estamos perguntando para os moradores o que eles tem de mais importante dentro das residências para que na segunda-feira (após completar o período de 72h), se os engenheiros nos permitirem, as guarnições de bombeiros entrem e façam retirada desses materiais”, detalha.
Um engenheiro da Defesa Civil, tenente-coronel Rossano Bonerth, aponta que o trabalho de medição estrutural do prédio, localizado na QSE Área Especial 20, em Taguatinga, em conjunto com os topógrafos da Novacap será muito mais preciso. “Nós vamos medir o posicionamento desse prédio. Sua inclinação, localização e dimensões. É um trabalho muito mais preciso”, complementa.
Por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (7/1), o dono do imóvel, Edilson Albuquerque, lamentou a tragédia, mas não fez comentário algum sobre a situação irregular do edifício, que não tem Habite-se e alvará. Segundo moradores, o valor do aluguel no prédio variava entre R$ 750 e R$ 1,2 mil.
Sem alvará
O prédio não tinha alvará de construção ou carta de Habite-se, ou seja, era irregular. A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo Governo do Distrito Federal. Ainda segundo o GDF, a obra não foi autorizada pela Central de Aprovação de Projetos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e sequer houve solicitação de licenciamento para o projeto.
Já a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) informou que o único registro encontrado de ações fiscais no local trata-se de uma notificação por descarte irregular de resíduos.
Trabalho continua
Segundo o administrador de Taguatinga, Bispo Renato, as forças de segurança do GDF continuarão trabalhando em apoio às vítimas. “Nós vamos contar com a colaboração da população inclusive com alimentos”, espera.
Os postos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e da Defesa Civil servirão de ponto de apoio a fim de recolher doações para os moradores.
Além disso, uma das moradoras disponibilizou o endereço QSE 7 casa 35, rua do CEF 10, em Taguatinga, para receber doações. Pelo PIX (61) 98408-6817 (celular) também é possível ajudar.