O setor de eventos no Distrito Federal não recebeu bem a notícia de que o GDF decidiu proibir a realização de shows e festas na capital. No entendimento da categoria, não é certo “prejudicar” apenas um setor econômico.
Conforme diz o presidente do Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos- DF), Luís Otávio Rocha Neves, o decreto veio como uma surpresa. “Ano passado foi organizado um protocolo muito bem feito e agora voltam a fechar tudo. As empresas todas vão quebrar”, lamenta.
Segundo ele, o setor de eventos não pode ser considerado o único responsável por causar aumento na transmissão da Covid-19 na capital. “Os ônibus continuam cheios, os cultos religiosos também. Não pode só uma parte pagar a conta. Por qual motivo não voltam com a obrigatoriedade de máscara em lugar aberto? É só com a gente?”, questiona.
Luís diz que ainda não sabe como irá proceder com as festas já marcadas no DF para os próximos finais de semana. “Vamos conversar com o governo e saber o que dá para fazer. A gente quer colaborar, mas não com tudo fechado”, reclama.
Apesar de entender a decisão do GDF em proibir a realização de shows e festas na capital, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF) disse não estar feliz com o anúncio.
“É uma medida técnica que não pode contestar muito, mas a gente fica triste por afetar um setor que está muito sofrido desde o início da pandemia”, diz o presidente da Fecormércio-DF, José Aparecido.
Na avaliação dele, a decisão do GDF é uma medida preventiva que visa evitar um novo lockdown nas próximas semanas. “Lamento muito, mas é uma medida cautelar. Não critico, mas não estou feliz. Creio que antes de ser tomada uma medida dessas houve bastante análise”, destaca.