22/01/2022 às 05h28min - Atualizada em 22/01/2022 às 05h28min

“Passei a acreditar em milagres”, diz sobrevivente de ataque com foice

Ainda com dificuldades para comer e sem falar, Elcimar de Oliveira contou um pouco sobre o processo de recuperação, que deve durar 45 dias

Após ser atacado com uma foice na cabeça, na noite de terça-feira (18/1), em Sobradinho, Elcimar de Oliveira Barreiros, 56 anos, pode dizer que nasceu de novo. A vítima estava desprevenida quando foi atacada. Ele caiu desacordado, tamanha a violência dos golpes, e foi socorrido imediatamente.
 
 
Elcimar chegou a ser internado no Hospital de Base por causa da gravidade das lesões, mas recebeu alta e ficará sob cuidados de familiares pelos próximos 45 dias.
 
 
Ainda com dificuldades para comer, e sem falar direito, Elcimar contou um pouco sobre o processo de recuperação. “Não posso falar, pois estou com os dentes presos. Quebrei o maxilar”, informou.

 
    “Mas hoje, o sentimento é de agradecer, porque foi um milagre, o meu pai nasceu de novo. A gente brinca que ele vai comemorar o aniversário duas vezes no ano”, contou a filha da vítima, Joyce Aparecida de Jesus Barreiros, 25.
 
 
A tentativa de homicídio foi registrada por uma câmera de segurança do local. “Não tive coragem de ver o vídeo, vi apenas algumas coisas, bem rápido, mas sei que foi um milagre”, declara Joyce.
Autor preso
 
 
O acusado da tentativa de homicídio, José Carlos Leite, foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na tarde dessa quinta-feira (20/1). Além do suspeito, a foice utilizada na tentativa do crime também foi apreendida.
 
 
Durante o depoimento, na 13ª DP (Sobradinho), o acusado disse que conhece o Elcimar há cerca de 20 anos e tinha desavenças antigas com ele por conta de dívidas com um lote e ofensas.
 
 
“Ele alega que a vítima dizia que iria matá-lo e onde o via colocava a língua para fora. No dia do bar, José disse que estava bebendo e o Elcimar apareceu e repetiu o gesto. Ele se descontrolou, foi no carro e pegou a foice”, narra o delegado Hudson Maldonado.
 
 
José revelou que andava com o instrumento no automóvel, pois costumava ganhar algum dinheiro roçando mato em chácaras. Mas, que decidiu atacar o outro homem “para pôr fim as perseguições que sofria”.
 
 
“Mas apenas esse tipo de narrativa dele não foi capaz de descrever nenhuma motivação a mais a respeito do crime. Algo que na polícia nunca foi demonstrado, pois José nunca registrou ocorrência contra Elcimar. A narrativa do agressor é típica de quem padece de algum delírio ou mania de perseguição “, esclarece Maldonado.


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