26/01/2022 às 15h14min - Atualizada em 26/01/2022 às 15h14min

Covid: “Não se pode ignorar que quadro está piorando”, alerta Fiocruz

Prognóstico ocorre em meio ao aumento de adoecimentos e internações causados pela variante Ômicron

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez um alerta diante do aumento das internações por Covid-19, doença causada pelo coronavírus: “Não se pode ignorar que o quadro está piorando”. O prognóstico ocorre em meio ao aumento de adoecimentos e internações causados pela variante Ômicron, que tem sido muito mais contagiosa.
 
Em nota técnica publicada nesta quarta-feira (26/1), a Fiocruz traçou o aumento de internações em leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) após a virada do ano. A alta chega a 143%.
 
“Há ainda uma proporção da população que não recebeu o reforço e assim fica mais suscetível a formas mais graves da infecção com a Ômicron, e, principalmente, há uma parte da população não vacinada, muito mais suscetível”, salienta a entidade.
 
Diante do panorama, a fundação saiu mais uma vez em defesa da vacinação e seus efeitos. “Pessoas que já receberam a dose de reforço são pouco suscetíveis a essas internações, embora comorbidades graves ou idade avançada possam deixá-las vulneráveis”, frisa.
 
Os técnicos da Fiocruz estão preocupados com a temporada de verão, quando são comuns os registros de aglomerações, a negligência com o uso de máscaras de boa qualidade, bem como o desrespeito à necessidade de isolamento por tempo adequado na ocorrência ou suspeita de ocorrência da infecção.
 
“É fundamental empreender esforços para avançar na vacinação e controlar a disseminação da Covid-19, com o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras e de passaporte vacinal em locais públicos, e deflagrar campanhas para orientar a população sobre o autoisolamento ao aparecimento de sintomas, evitando, inclusive, a transmissão intradomiciliar”, aconselham.
 
Aumento de internações
Como previam os órgãos de saúde, houve um aumento de 143% nas taxas de internações de adultos em leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) destinados ao tratamento da Covid-19 no Brasil.
 
Os números mostram que em 20 de dezembro foram 2.139 hospitalizações, saltando para 5.200 em 24 de janeiro. Em seis estados, além de no Distrito Federal, o aumento acendeu o nível de alerta “crítico”, que corresponde a 80% de ocupação. São eles: Distrito Federal (98%), Rio Grande do Norte (83%), Goiás (82%), Piauí (82%), Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%) e Mato Grosso do Sul (80%).
 
Outras 12 unidades da Federação (UF) estavam na faixa de ocupação entre 60% e 79%, ou seja, alerta “médio”. Sete se encontravam abaixo de 60%. Em 20 de dezembro, nenhuma UF passava dos 80%.


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