Dirigentes estaduais do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) convocaram uma assembleia, na próxima segunda-feira (30/1), para o caso de a presidente nacional, Graciele Nienov, não apresente oficialmente o pedido de demissão do cargo ao diretório nacional.
O grupo também defende o afastamento imediato de todos os nomes envolvidos em áudios vazados de um “grupo secreto”. Pelo menos quatro petebistas estão na lista para a demissão sumária.
As conversas vazadas indicariam, segundo aliados do ex-deputado federal, um complô de parte dessa cúpula petebista contra o presidente de honra da sigla, Roberto Jefferson.
Mais cedo, o próprio ex-deputado federal – o qual está em prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes (do Supremo Tribunal Federa) – divulgou uma carta aberta, por meio do advogado, oficializando o pedido de afastamento da sucessora.
Traição
No manifesto, o político disse que ficou “triste e abalado” depois de ter ouvido o conteúdo das trocas de mensagens no classificado “grupo secreto” da sucessora, acusada de traição por apoiadores de Jefferson. O cacique também informa que o vazamento teria ocorrido após um dos integrantes ter se desentendido internamente.
“A Graciela me pediu demissão, eu aceitei, pois após os áudios do grupo dela perdeu qualquer condição moral ou política para continuar à frente da presidência. A Graciela me desqualificou e me traiu. Quis apagar minhas lutas e o meu legado. Estou dizendo isso pelo o que ouvi do grupo secreto da Graciela”, escreveu.
Nienov apagou as redes sociais e não foi localizada pela reportagem. O espaço continua aberto para manifestações.