02/02/2022 às 05h16min - Atualizada em 02/02/2022 às 05h16min

Discurso de ódio deve ser rejeitado sem “armas de Belzebu”, diz Aras

O procurador-geral da República participou, nesta terça-feira (1º/2), da abertura do Ano Judiciário no STF

O procurador-Geral da República, Antônio Augusto Brandão de Aras, acompanhou o pensamento do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no sentido de trabalhar para manter um Brasil democrático. Aras participou da abertura do Ano Judiciário, de forma virtual, nesta terça-feira (1º/2).
 
O STF abriu os trabalhos com a fala de Fux. Em seu pronunciamento, o magistrado pontuou que a “democracia não comporta disputas baseadas no ‘nós contra eles'”. O presidente da Suprema Corte ressaltou que todos os brasileiros devem buscar o bem da nação.
 
Diante do momento turbulento que vive o país e em pleno ano eleitoral, Aras completou as declarações de Fux, ao dizer “que a verdadeira democracia não é dos oradores, mas dos escutadores”.
 
O chefe da PGR lembrou ainda que, em ano eleitoral, é primordial combater o discurso de ódio, cultivando a paz e afastando a violência.

 
“Discurso de ódio deve ser rejeitado com a deflagração permanente de campanhas de respeito à diversidade, como fazemos nos Ministérios Públicos brasileiros, para que a tolerância gere paz e afaste a violência do cotidiano”, disse.
 
Aras ainda enfatizou que não se deve combater o mal com o mal. “A tentativa de expulsar o diabo com os mesmos instrumentos de Belzebu dificilmente terá sucesso”, destacou.
 
No cristianismo, Belzebu é a personificação do próprio diabo. É conhecido por ser o quarto demônio mais poderoso do inferno e o irmão mais velho de Lúcifer.
 
Cerimônia sem Bolsonaro
A sessão virtual começou às 10h30, em meio à crise desencadeada na última semana, após o ministro Alexandre de Moraes determinar que Jair Bolsonaro prestasse (PL) depoimento à Polícia Federal e o chefe do Executivo federal não cumprir a ordem.
 
Bolsonaro faltou ao depoimento marcado por Moraes, na Polícia Federal, no inquérito que investiga o suposto vazamento de informações sigilosas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante transmissão ao vivo feita pelo presidente nas redes sociais.
 
O presidente da República chegou a confirmar presença. Entretanto, cancelou a participação na segunda-feira (31/1), um dia antes da abertura.
 
Fux afirmou, ao abrir a sessão, que o presidente não participou da abertura por estar em viagem oficial. O magistrado pontuou ainda que Bolsonaro mandou comunicado para Corte com a justificativa. No lugar do mandatário do país, participou o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB).

 
 
 
 
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