Um mulher de 38 anos ficou quatro dias em cárcere privado, depois que o companheiro dela a prendeu numa distribuidora de bebidas em Taguatinga. Ela foi resgatada nesta segunda-feira (14/2) pela Polícia Civil.
Segundo disse a vítima aos policiais, ela conheceu o agressor em 2010 e os dois tiveram um filho. No mesmo ano, o então companheiro foi detido por um crime não revelado pela PCDF. Ele saiu da prisão em 2016 e mandou mensagens para a ex-mulher, mas ela contou que já se relacionava com outro homem. Em seguida, acabou preso novamente e saiu da cadeia no final de 2021.
Ainda segundo o depoimento da mulher, o agressor mandou mensagens garantindo ter mudado e os dois voltaram a se relacionar. Na última quinta-feira (12/2), a mulher estava em um aniversário na companhia de um amiga, quando começou a receber seguidas ligações do homem.
Ao se encontrarem, os dois seguiram para um hotel, onde o suspeito usou crack e ficou cada vez mais agressivo. Quando ele saiu para comprar mais drogas, a vítima ligou para a polícia e pediu medidas protetivas, mas não representou contra o homem.
Na sexta-feira (11), a mulher saiu da delegacia direto para o trabalho, mas, antes do fim do expediente, ele a esperava na saída. A vítima foi coagida a ir até uma distribuidora de bebidas que pertence à família do suspeito e, depois, à casa do autor.
No imóvel, a mulher entregou o dinheiro que o agressor pegou na distribuidora e entregou para a mãe dele, para que ele não comprasse mais drogas. Depois de descobrir isso, o acusado a agrediu com socos, enforcou e a obrigou a ficar com ele na distribuidora o todo o tempo. No estabelecimento não há chuveiro e a mulher usava um balde para se lavar. Durante os quatro dias de cárcere, o homem estuprou a vítima várias vezes.
Quando teve oportunidade, a mulher enviou uma mensagem para um amiga pedindo ajuda. Essa colega acionou a 8ª Delegacia de Polícia (SIA). Ao ser resgatada, a vítima estava com lesões no rosto e pescoço. O autor foi autuado em flagrante. O nome dele não foi divulgado pela polícia para preservar a identidade da vítima.