O Palácio do Planalto avalia indicar o senador Carlos Viana, do MDB de Minas Gerais, para o cargo de líder do governo no Senado. Com o posto vago há dois meses, o governo Bolsonaro tem acumulado derrotas na Casa.
Viana despontou nos últimos dias como candidato à liderança do governo no Senado por duas razões principais. A primeira é que Viana é integrante da bancada evangélica, que recentemente aumentou a aproximação com o Planalto e espera indicar um ministro em breve. Eduardo Bolsonaro é um dos diretores da nova gestão da frente parlamentar.
A segunda razão é eleitoral: o mineiro tem pela frente mais quatro anos de mandato no Senado e não concorrerá às eleições. Com a rejeição do governo em 56% e numa Casa que há poucos meses abrigou a CPI da Pandemia, a tarefa de líder seria ingrata para pré-candidatos. É o caso de Marcos Rogério, pré-candidato ao governo de Rondônia; Eduardo Gomes, que tenta se eleger ao governo do Tocantins; e Alexandre Silveira, pré-candidato ao governo mineiro que no mês passado recusou o convite para ser líder.
O governo Bolsonaro não tem um líder no Senado desde 15 de dezembro. Foi quando o senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, entregou o cargo, irritado com o Planalto por não ter conseguido se tornar ministro do Tribunal de Contas da União.