Poucos minutos antes de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciar o início de operações militares em solo ucraniano, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) havia começado Uma reunião para debater a crise.
E coube ao secretário-geral da ONU, António Guterres, abrir a cúpula, quando ainda adotou um discurso pela paz.
“Se uma operação está sendo preparada, eu só tenho uma coisa a dizer: do fundo do meu coração, pare as tropas. Dê uma chance à paz. Muitas pessoas já morreram. Não permita, em nome da humanidade, que essa guerra aconteça”, ponderou Guterres.
O secretário-geral destacou que o conflito não será trágico somente para a Ucrânia, “mas é pelo impacto que não conseguimos nem prever para as consequências da economia global, ainda mais após a pandemia”.
O apelo foi em vão. Logo depois, Putin fez o anúncio de guerra, ressaltando que a ação é resposta a ameaças vindas da Ucrânia, o que ele chamou de “intolerável”.
O russo acrescentou, ainda, que a Rússia não tem o objetivo de ocupar a Ucrânia, mas responsabilizou o país vizinho por qualquer possível “derramamento de sangue”.
Perda catastrófica de vidas
Logo após o anúncio de guerra contra a Ucrânia, o presidente dos EUA, Joe Biden, divulgou pronunciamento pelo site da Casa Branca onde condenou o que chamou de “ataque não provocado e injustificado”.
“As orações de todo o mundo estão com o povo da Ucrânia nesta noite”, disse o norte-americano. “O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que trará uma perda catastrófica de vidas e sofrimento humano”.
Segundo Biden, a Rússia será a única responsável pelas mortes e destruição provocadas pelo ataque à Ucrânia e ameaçou: “Os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de forma unida e decisiva. O mundo responsabilizará a Rússia”.