05/03/2022 às 06h49min - Atualizada em 05/03/2022 às 06h49min

Rússia declara cessar-fogo parcial para abrir corredores humanitários

Ministério da Defesa de Vladimir Putin afirmou que as cidades costeiras Mariupol e Volnovakha, na Ucrânia, são locais beneficiados

A Rússia anunciou que irá declarar um cessar-fogo parcial no começo deste sábado (5/3), no décimo dia da invasão da Ucrânia. De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques diminuirão para possibilitar os corredores humanitários, que permitem a fuga da população civil ucraniana.
 
As tropas russas entrarão em “modo silencioso” e a primeira região com caminho liberado será a cidade portuária de Mariupol, que já se encontrava sem água, luz e comida para os moradores. A cidade de Volnovakha também terá uma trégua no mesmo horário.
 
“Hoje, 5 de março, a partir das 10h, horário de Moscou, o lado russo declara um regime de silêncio e abre corredores humanitários para a saída de civis de Mariupol e Volnovakha”, informou o órgão.
 
A medida foi negociada entre os dois países nas últimas reuniões de mediação do conflito, no Conselho de Segurança da ONU. Os moradores terão cinco horas para deixarem as cidades, segundo a RIA, agência russa de notícias.
 
A liberação começará às 10h, no horário da capital Moscou (5h em Brasília). De acordo com Mikhail Podolyak, do gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, cerca de 20 mil civis têm a intenção de deixar a cidade de Volnovakha. Já em Mariupol o número chega a 200 mil pessoas.
 
O governo ucraniano avisou que será aberto um corredor humanitário de Mariupol a Zaporozhye durante o cessar-fogo. “É estritamente proibido desviar da rota”, alertam os ucranianos.
O prefeito da cidade portuária de Mariupol, Vadym Boychenko, confirmou ter sido informado sobre a pausa temporária. Ao New York Times, ele disse que a informação chegou uma hora e trinta minutos antes do início da liberação.
 
Um cessar-fogo “permitirá que o trabalho seja feito para restaurar a infraestrutura crítica destruída pelos bombardeios russos”, explicou.
 
Mais de 1,2 milhão de ucranianos abandonaram o país desde o início dos bombardeios, em 24 de fevereiro. A maior parte se abriga na Polônia, que já recebeu mais de 650 mil refugiados, de acordo com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur).


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