14/03/2022 às 06h48min - Atualizada em 14/03/2022 às 06h48min

Com 633,4 km de ciclovias, DF terá novas bikes compartilhadas nas cidades

A segunda cidade com a maior extensão de faixas para ciclistas no Brasil vai ganhar mais 105 km de ciclovias; além disso, haverá ampliação do número de bikes compartilhadas


 
Andar de bicicleta é uma prática cada vez mais comum no Distrito Federal. O hábito é resultado de uma série de fatores, entre eles, o incentivo. Em fevereiro deste ano, a capital federal atingiu 633,496 km de malha cicloviária, ficando atrás apenas de São Paulo, cidade que tem a maior extensão de ciclovias.
 
A expectativa é crescer ainda mais. “Hoje Brasília é a segunda maior malha cicloviária. Reconhecemos esse número, que é grandioso, e estamos trabalhando em um edital para mais 105 km de ciclovias, para que possamos fazer a interligação entre elas, porque há trechos em que hoje elas estão separadas dentro da cidade”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro.

Hoje as ciclovias e ciclofaixas se estendem por 28 áreas do DF. As pistas mais recentes foram construídas no Trevo de Triagem Norte (TTN), saída norte para Sobradinho; na Rota de Segurança do SIA, que liga o Setor de Inflamáveis à marginal da EPTG, e na VC-371, de Santa Maria.

A região com a maior pista para bicicletas é o Plano Piloto, que conta com 136,677 km. A segunda região é o Park Way, com 49,177. Lago Norte é o terceiro colocado em extensão, com 35,138 km. Já Santa Maria e Ceilândia estão quase empatadas, com 34,634 km e 34,073 km, respectivamente.


 
Bicicletas compartilhadas
Desde outubro de 2021, a capital federal voltou a ter o sistema compartilhado de bicicletas. A operação é feita pela empresa Tembici, vencedora da licitação do GDF, com investimento de R$ 10 milhões.

O contrato prevê 70 estações – já foram instaladas 30 – com 500 bicicletas, 200 das quais já estão em funcionamento. A completa implantação ainda aguarda licenças. O governo estima que a conclusão do processo ocorra até o início do segundo semestre, no Plano Piloto.

As estações do Parque da Cidade e das quadras 209 e 406 Norte são as com mais retiradas e devoluções. “Os locais das estações foram previamente definidos por meio de estudos e análises realizados pelo time de urbanistas da empresa, avaliando critérios como proximidade à infraestrutura cicloviária, possibilidades de maior demanda e integração com o transporte coletivo, além do respeito às questões urbanísticas da cidade, como áreas e construções tombadas”, conta a gerente regional da Tembici, Marcella Bordallo.

A revisora de textos Gabriela Artemis, 38 anos, é uma das usuárias da Tembici. Como costuma revezar a bike própria com outra pessoa, a bicicleta compartilhada tem sido uma facilidade, além de uma ótima experiência. “As bicicletas são limpas e novinhas. As estações são muito bem-feitas e organizadas. É um sistema realmente muito intuitivo”, diz.

O aluguel da bicicleta compartilhada está disponível para todos os bolsos. Uma viagem única avulsa de até 30 minutos custa R$ 3,50. Quem optar pelos planos paga R$ 15 para usar durante um dia inteiro por até cinco viagens de uma hora ou R$ 180 no pacote anual, que dá direito até cinco viagens por dia de até uma hora.

O governo vai ampliar a oferta para as regiões administrativas que não foram contempladas neste primeiro momento. “Vamos licitar novamente e até colocar uma parte de subsídio [do governo] do sistema para poder garantir que as outras regiões administrativas também recebam esses equipamentos e compensar com recurso público aquilo onde não há interesse comercial, por questão de publicidade ou qualquer outra atividade econômica vinculada a essas bicicletas”, adianta o secretário de Transporte e Mobilidade.

Bikes elétricas
Atualmente, além do Plano Piloto, apenas Águas Claras conta com oferta de bicicletas. Naquela região administrativa, porém, o programa é diferente: há uma parceria da Tembici com um aplicativo de entrega de refeições. O aluguel é exclusivo para usuários desse sistema. .


 
“Com a pandemia, o serviço, que já era extremamente necessário, passou a ser essencial e a demanda por delivery cresceu exponencialmente. Investir neste modal e fomentar a cicloentrega é contribuir diretamente para cidades mais inteligentes e sustentáveis. Acreditamos que, assim como nas praças em que o projeto já acontece, em Brasília as bikes elétricas chegam para tornar a mobilidade da cidade mais eficiente e, principalmente, proporcionar melhoras no dia a dia dos entregadores parceiros”, explica o cofundador e diretor de operações da Tembici, Maurício Villar.


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