Pela primeira vez, em 21 dias de guerra, um possível acordo de cessar-fogo entre russos e ucranianos ganhou forma. Um documento balizaria 15 pontos para pôr fim aos bombardeios na Ucrânia, iniciados em 24 de fevereiro.
O rascunho do cessar-fogo foi revelado pelo jornal britânico Financial Times na tarde dessa quarta-feira (16/3). Três fontes que teriam participado da reunião detalharam os termos ao veículo, que chamou o documento de “plano de neutralidade”.
A Rússia exige que a Ucrânia não ingresse na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e rejeite a proteção dos Estados Unidos e respectivos aliados.
O governo ucraniano fez novos apelos para um cessar-fogo. A administração do presidente Volodymyr Zelensky citou o drama dos civis atingidos pela guerra e avisou: reconstruir o país hoje custaria ao menos US$ 500 bilhões. Para o leitor ter dimensão do impacto do conflito na realidade do país, seriam necessários, na cotação desta quarta do Banco Central do Brasil, cerca de R$ 2,5 trilhões para a reparação.
Após a divulgação de um esboço do que seria o acordo de paz entre russos e ucranianos, o presidente Volodymyr Zelensky fez pronunciamento e destacou claramente o que exige para negociar com o líder russo, Vladimir Putin: “Garantias de segurança nacional, soberania, restauração da integridade territorial, garantias de proteção reais para o país”.
Enquanto isso, o Kremlin, sede do governo russo, reagiu com veemência à crítica do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e disse que é “inaceitável” o chefe da Casa Branca chamar Putin de “criminoso de guerra”. O imbróglio começou após Biden anunciar ajuda financeira e militar para o governo ucraniano.